Presentemente a Região Autónoma da Madeira não tem ligações marítimas de transportes de passageiros com o continente, uma vez que o operador, que assegurava essas ligações, iniciada em 2006, retirou-se da linha em 2012.
Neste momento, os madeirenses e porto-santenses só têm acesso a ligações aéreas entre a Região e o Continente, estando, ademais, sujeitos a uma escalada de preços, o que condiciona e dificulta, em muito, a mobilidade e a integração dos portugueses do Arquipélago da Madeira no todo nacional.
A 19 de Maio, o Governo Regional, reunido em Conselho de Governo, «deliberou estabelecer os procedimentos e diligências necessários que permitirão o restabelecimento da ligação marítima entre a Madeira e Portugal continental para o transporte de passageiros e de carga».
No final do mês passado, mais concretamente a 29 de Novembro, tornou-se público que o Governo Regional prorrogou, por mais 15 dias, o período de negociação com os sete armadores interessados na operação combinada de carga rodada e de passageiros entre a Região e o Continente.
Terminado este prazo, os madeirenses e porto-santenses continuam sem saber quais os resultados, em concreto, dessa prorrogação das negociações, não sabendo também quais as condições, nomeadamente o subsídio de mobilidade aos passageiros, em que foi negociado o restabelecimento da ligação marítima, como se tornou hoje público com mais um adiamento, desta vez e até ver, para a primeira semana de Janeiro.
Em resumo: torna-se óbvio que estamos perante mais uma promessa adiada, o que, aliás, tem sido a prática do Governo Regional. Promete e não faz, apenas adiar e diz que vai fazer.
Deste modo, o PS-M critica todo este secretismo em torno de tão importante dossiê para a Região, exigindo, em nome da transparência pública e do respeito pela população da Região Autónoma da Madeira, o fim do secretismo em torno da escolha do operador, bem como do desconhecimento das condições que estão a ser negociadas, exortando o Governo Regional a passar da propaganda aos actos de forma a resolver, definitivamente, este dossiê cuja resolução se assegura importante para a mobilidade dos cidadãos e também para a economia da Região, retirou Carlos Pereira.