O requerimento tem por objectivo introduzir na agenda política uma matéria essencial: a revisão do pacote de fundos europeus para a Madeira. O PS tem vindo a insistir que a Madeira perdeu muitas centenas de milhões de euros porque o Governo Regional da Madeira, durante muitos anos ignorou os seus alertas, no que concerne às distribuições dos fundos europeus terem apenas como dado único o PIB, empolado naquela altura pelos efeitos da Zona Franca da Madeira.
“Alertámos que, não sendo esse um problema da Zona Franca, era naturalmente um problema para a Região, que não fazendo nada, acabaria por perder largos milhões de euros, conforme veio a acontecer, no QREN, no programa de fundos europeus que acabou recentemente, 2007-2011, perdemos 500 milhões de euros, e vem a perder nesta programação financeira 2014-2020, que, se compararmos com os Açores, verifica-se que perdemos à volta de 800 milhões de euros”, vincou.
Carlos Pereira quer,neste âmbito, renegociar o processo de complementos para a Madeira, na sequência destes erros governativos, e sobretudo na circunstância de o Eurostat, ao ter encontrado uma outra forma de cálculo do produto, ter aplicado essa nova fórmula de cálculo, e com isso a Madeira e o PIB da Madeira ter diminuído mais de mil milhões de euros, mais de 20%, fixando-se abaixo dos 75% da média da UE.
O líder socialista pretende renegociar os fundos de modo a obter para a Madeira mais do que aquilo que temos actualmente.
“A Madeira tem de estar no centro dessa revisão”, retirou. O país tem o dever de aceitar a necessidade de alertar para esta matéria. É um “desígnio nacional”.
“Não queremos falar do passado, mas do futuro”, afirmou o presidente do PS-M, que lamentou no entanto que o Governo Regional emita comunicados que “retiram entusiasmo a esta esperança que existe no Partido Socialista, e a este esforço que o PS está a fazer para que a Madeira possa ter mais fundos europeus e assim dar a volta à crise, lamentando que o Governo Regional não esteja tão empenhado nesta matéria. A Madeira não é uma região rica, e por isso não pode receber fundos europeus como se o fosse”, finalizou.