À semelhança da última reunião deste ano do Conselho Estratégico do PS-M, Carlos Pereira criticou o executivo de Miguel Albuquerque por considerar que falta trabalho num sector importante como é o ordenamento e o planeamento do território. Pereira admite mesmo que esse “desleixo” tenha conduzido a situações catastróficas como os recentes incêndios ou, já antes, à tragédia de 20 de Fevereiro de 2010.
Há uma manifesta “falta de capacidade e de trabalho do Governo Regional no planeamento e organização do espaço”, situação que quer ver rapidamente ultrapassada. A crítica é endereçada particularmente à Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, que tem responsabilidades na área do planeamento e “mantém tudo atrasado”, disse o líder do PS-M.
De acordo com Carlos Pereira, há mais de 15 anos que “absolutamente nada” é feito em relação aos Planos de Orla Costeira. E também há muitos anos, disse, que o Plano de Ordenamento do Território não é actualizado.
Para contrariar essa falta de acção, o PS ouviu esta manhã três técnicos cujas opiniões vão ajudar os socialistas a construir uma alternativa nesta área de intervenção. O Conselho Estratégico de hoje, coordenado por Luís Vilhena, arquitecto e deputado do PS na Assembleia da República, colheu os contributos do geólogo João Baptista e dos arquitectos Rui Campos Matos e Paulo Pais. O primeiro é presidente da delegação regional da Ordem dos Arquitectos, o segundo foi coordenador do processo de revisão do Plano Director Municipal de Lisboa.
Áudio | Soundcloud – Luís Vilhena