O regimento da Assembleia da República é claro diz que quando há uma proposta sobre uma determinada questão agendada, os partidos podem apresentar iniciativas. O BE juntou-se ao PS, o PSD apresentou-se tarde e a más horas para agora fazer chicana política e picardia institucional, que pode agradar a quem faz capas de jornais, mais pouco traz aos madeirenses e portossantenses. Aliás, como se sabe é uma prática com 40 anos.
Carlos Pereira garantiu que a preocupação do Governo da República com o Subsídio de Mobilidade é de tal forma evidente que o Orçamento de Estado para 2017 contempla mais cinco milhões para fazer face a esse custo. Neste momento é evidente para todos que o plafond de 11 milhões, uma invenção do Governo Regional da Madeira, já foi ultrapassado. Se não fosse o PS, haveria risco de os madeirenses não estarem a receber o reembolso, coisa que nunca aconteceu. Quanto à IGF e à ANAC, estamos convictos de que não têm razões para adiar mais a apresentação de documentos em falta e que são fundamentais para se decidir o melhor caminho, mas nunca como o Governo Regional da Madeira, sem um estudo prévio sobre o mercado regional e a capacidade de atrair companhias. O que não está correcto é o Governo Regional andar com experimentalismos com o PSD/CDS em Lisboa e pedir depois responsabilidades à República.
“O PS não tem de se preocupar em apresentar coisas diferentes, mas em apresentar o que é melhor para os madeirenses e o que garanta a sua mobilidade. E isso não é novo, somos coerentes desde que identificámos que o modelo do Governo Regional era mau. Queremos o fim do tecto máximo, do plafond, do prazo de sessenta dias, e da disponibilidade de lugares no avião. Tudo coisas que foram inventadas pelo Governo Regional e que não existem no modelo açoriano. Das duas uma: ou corrigimos estes erros do Governo Regional ou passamos para uma revisão mais profunda. Não podemos é ter situações distintas para a mesma coisa e muito menos ficar pior. No fundo o Governo Regional está a tentar tapar as suas incompetências e a incapacidade de atrair mais companhias.”