“Dos contactos mantidos com os pais, estes, manifestaram forte preocupação pelo facto de, a poucos dias de início do novo ano lectivo, desconhecerem se os seus filhos permaneciam na actual escola da Terça de Cima ou, se eventualmente, terão de se deslocalizar para outro estabelecimento, isto, tendo em conta o facto do próprio Secretário Regional da Educação ter deixado em aberto esta possibilidade”, referiu Cláudio Torres.
A candidatura do PS manifesta oposição à gestão destes processos de ‘’reorganização do parque escolar’’ que, sustentando-se no argumento de ‘’melhorar a qualidade pedagógica’’, relegam “para segundo plano o interesse dos principais interessados, as crianças e as suas famílias” em favor de “razões, meramente, economicistas”.
“Acrescente-se que este eventual encerramento foi sendo efectuado de forma premeditada, pois, ao longo dos últimos anos lectivos foi-se restringindo a matrículas de novos alunos. Não deixa de ser estranho que, num estabelecimento pertencente ao património municipal e que sofreu obras de melhoramento recentes, a Secretaria pretenda agora encerrar definitivamente este edifício”, acrescentou o candidato socialista.
Cláudio Torres questiona ainda esta medida, tendo em conta que dados da própria Secretaria Regional da Educação apontam para que a oferta pública escolar (para o pré-escolar e 1º Ciclo) em Santa Cruz apenas dá resposta a pouco mais de 30% das necessidades, comparativamente aos concelhos vizinhos de Machico e Funchal (61% e 50% respectivamente). No que diz respeito, à média do número de alunos por turma, Santa Cruz aparece também no fim da lista, com valores acima do Funchal, Machico e mesmo Câmara de Lobos.
“Que não restem dúvidas, as famílias santacruzenses têm sido e vão continuar a ser prejudicadas com as decisões de gabinete da Secretaria Regional da Educação de encerrar escolas no concelho, uma vez que, até ao momento, são mais as incertezas do que certezas sobre esta matéria”, rematou.