Um espaço de debate aberto a todos e que, tal como salientou a candidata às eleições europeias, teve em vista discutir aquilo que é a Europa, o que esta significa para cada um de nós e o que «a Europa precisa que seja trabalhado atualmente, de modo a que consiga continuar a progredir e ser a face do progresso a nível mundial».
Sara Cerdas aproveitou a ocasião para abordar o manifesto do PS para estas eleições europeias e para deixar uma mensagem: «não queremos deixar ninguém para trás a nível europeu».
A candidata socialista considerou que importa trabalhar determinadas áreas para fazer face àqueles que são os constrangimentos que a Região tem, fruto de ser uma região ultraperiférica.
Deu conta do novo contrato social que o PS propõe à Europa, assente numa nova agenda social, uma nova agenda de crescimento e emprego e uma nova agenda de inovação e sustentabilidade. «Nós queremos combater a pobreza, reduzir as desigualdades sociais, reduzir o desemprego, através da educação, da formação e de novas ferramentas e maneiras de dinamizar a economia», afirmou, acrescentando que a inovação e a sustentabilidade são muito importantes e que «queremos fazer uma aposta clara no desenvolvimento científico e tecnológico». Deu ainda conta que outra das prioridades tem a ver com as alterações climáticas, salientando que «precisamos de trabalhar já» para minimizar e prevenir as suas consequências.
Por seu turno, Mário Santos começou por enaltecer a abertura do Partido Socialista à sociedade e, dessa forma, possibilitar a participação desta e adquirir novas ideias para depois poderem ser aplicadas. «Isso é uma novidade na Região Autónoma. Tanto os Estados Gerais como a ‘Geração Madeira’ têm proporcionado a vinda de novas pessoas, novas ideias», salientou.
Uma das ideias defendidas pelo professor universitário é a de que «temos de nos abrir para a Europa». «Nós temos tudo pela frente para sermos uma região de vanguarda, mas há muita coisa a fazer, nomeadamente ao nível da educação, da saúde e ao nível da partilha – que não existe – porque há indivíduos que continuam a pensar que isto já está tudo feito e que sabem tudo, e há uma falta de partilha muitíssimo grande da RAM para com o continente e para com a restante Europa», sustentou.
Já a fisioterapeuta Marta Freitas abordou a questão do envelhecimento, afirmando que «temos de pensar numa estratégia» para proporcionarmos boas condições, qualidade de vida e saúde às pessoas envelhecidas. A oradora lembrou que há medidas que estão a ser traçadas, como o incremento da taxa de natalidade ou a fixação de pessoas jovens, para que aumente a população ativa e se consiga fazer face à relação pessoas ativas/pessoas inativas. Contudo, considera que será difícil combater o pico que se prevê em 2050, em que se estima que haja uma pessoa e meia na vida ativa por cada pessoa reformada. «Teremos de ver que soluções é que poderemos adotar e seremos nós, Europa, através de diretivas europeias, que poderemos encontrar uma estratégia» para chegarmos a um melhor envelhecimento, referiu.