No final da visita, Margarida Marques, que ocupa o quarto lugar na lista do PS às Eleições Europeias, mostrou a sua satisfação por conhecer o trabalho que a Cruz Vermelha faz na Madeira, salientando que há um conjunto de preocupações que existem ao nível europeu e que aqui a Cruz Vermelha segue de muito próximo. A candidata deu o exemplo do trabalho que a Cruz Vermelha tem na coordenação do serviço voluntário aqui na Região em situações de emergência e, simultaneamente, salientou o empenhamento da Cruz Vermelha em situações de catástrofe. «A Madeira viveu muito recentemente catástrofes e é fundamental que existam instituições que possam agir nesse momento», isto é, «para além da função do Estado, haver instituições que possam coordenar o serviço voluntário, porque todos nós sabemos que nessas alturas todo o trabalho que se consiga mobilizar é um trabalho necessário».
Sobre aquilo que o Parlamento Europeu pode fazer na ajuda a estas instituições, Margarida Marques apontou dois aspetos que foram discutidos na reunião. O primeiro é mobilizar o Fundo Europeu de Solidariedade em caso de catástrofe, como no caso da Madeira o fez em 2010 com as inundações e, em 2016, com os incêndios. Em segundo lugar salientou o facto de em fevereiro o Parlamento Europeu ter aprovado uma nova geração do serviço europeu de proteção civil.
Por seu turno, a candidata madeirense destacou também o papel da Cruz Vermelha no seu apoio solidário e na sua componente social. «Nós sabemos que a Madeira tem um dos mais altos números de risco de pobreza da nossa população. Um quarto da nossa população está em risco de pobreza», afirmou Sara Cerdas, elogiando o trabalho que a Cruz Vermelha desenvolve nessa componente, dando apoio em géneros alimentares, em roupa e através do seu fundo de emergência social criado localmente pela instituição.
Nesta ordem de ideias, Sara Cerdas deu conta do «cuidado que teremos de ter no Parlamento Europeu em desburocratizar o acesso aos fundos estruturais e de investimento da União Europeia, de modo a que estas instituições tenham um género de simplificação». Trata-se de levar para o Europa o “Simplex” que já foi desenvolvido a nível português e «propor isso já no próximo mandato do Parlamento Europeu», isto é «simplificar o acesso aos fundos da União Europeia».