Após o encontro, as candidatas destacaram o trabalho do Governo da República no apoio à comunidade portuguesa na Venezuela e àqueles que regressam a Portugal e, neste caso particular, à Madeira.
Margarida Marques lembrou que a situação que se vive hoje na Venezuela é muito complexa, sendo que, no que diz respeito aos cidadãos portugueses, o Governo português tem trabalhado em duas frentes. Uma frente é no apoio aos cidadãos portugueses que vivem na Venezuela, sendo que «o Governo tem procurado minimizar o efeito negativo que este conflito tem tido na vida das pessoas, designadamente melhorando os serviços médicos, levando medicamentos de Portugal para a Venezuela, criando uma oferta de serviços de saúde que, de certa forma, possa compensar essa ausência por parte da Venezuela». Além disso, apontou a candidata, o Governo aumentou a oferta de serviços consulares, no sentido de facilitar a vida administrativa das pessoas. Exemplo disso é o facto de o Executivo português ter decidido aceitar os documentos em espanhol para acelerar os processos administrativos dos cidadãos portugueses.
Outra linha de trabalho tem a ver com aquilo que o Governo está a fazer em termos de apoio aos cidadãos que já regressaram a Portugal, designadamente aqui à Madeira. Neste campo, Margarida Marques destaca a criação de uma linha de crédito para cidadãos luso-venezuelanos que tenham regressado a Portugal e à Madeira. Tal como deu conta, esta linha tem uma dotação de 50 milhões de euros, tendo uma parte substancial ficado reservada para cidadãos que desejem investir na Madeira. Por outro lado, foram feitos protocolos ao nível do realojamento dos luso-descendentes e houve ainda um reforço do orçamento da Segurança Social para a RAM que tem como objetivo apoios ou subsídios eventuais que possam ser atribuídos a famílias. Tal como adiantou Margarida Marques, este protocolo levou a que o orçamento da Segurança Social na Madeira entre 2015 e 2016 aumentasse 26,7%.
Por seu turno, a candidata madeirense, Sara Cerdas, salientou que está a acompanhar de forma atenta a situação na Venezuela e a situação dos nossos concidadãos que estão a regressar do país, bem como aqueles de segunda e terceira geração, que podem requerer a nacionalidade portuguesa. «É essencial que se garanta um bom acolhimento do ponto de vista também burocrático. Está a ser feito um grande esforço por parte do Governo da República em assegurar que os nossos concidadãos regressem e tenham acesso aos serviços necessários para arrancar o processo de residência aqui na Madeira», disse a candidata.
Sara Cerdas evidenciou também a importância de estes concidadãos conseguirem encontrar emprego e de ser garantido que vêm em condições dignas. Aliás, ao longo desta campanha de proximidade, a candidata madeirense refere que tem encontrado muitas pessoas que regressaram da Venezuela e partilham as suas histórias e que, de uma maneira geral, têm enaltecido a forma como têm sido recebidas.