«Para isso, precisamos de outro paradigma na forma como encaramos estes problemas sociais», afirmou, salientando que «temos de capacitar as pessoas e dar-lhes as condições para elas se poderem autogovernar». «Este deve ser o principal objetivo das políticas sociais num plano regional contra a pobreza», vincou.
O candidato socialista constatou que existem no terreno associações da sociedade civil que desempenham um papel importante na ajuda às pessoas em situação de sem abrigo, mas acrescentou que estas respostas têm de ser integradas. «Só podemos funcionar em rede, porque em rede, com certeza, podemos obter de uma forma multidisciplinar aquilo que será a solução para cada uma destas pessoas, porque cada caso é um caso e terá de ter uma resposta e um projeto de vida próprio com os apoios que são necessários», explicou, lembrando que, além do facto de não terem casa, estas pessoas enfrentam problemas como o não terem emprego e, muitas delas, problemas de saúde, de alcoolismo e toxicodependências.
«O objetivo final será tirar estas pessoas da rua. E para isso nós precisamos de criar residências de autonomização, ou seja, precisamos de ter uma fase intermédia, de dar as condições para que as pessoas possam ter a motivação necessária para saírem da rua e terem o seu emprego e a sua casa», adiantou Paulo Cafôfo.
De acordo com o candidato, «estas residências têm de ser o fim de todo este trabalho social». «O Governo Regional tem de ter estas políticas viradas para ajudar quem mais necessita. Nós somos a Região que tem a segunda taxa mais alta de risco de pobreza. Isto é um índice que nos deve envergonhar a todos. São números que ninguém gosta e temos de fazer tudo para que possam ser invertidos», sublinhou Paulo Cafôfo. Nesta ordem de ideias, o candidato do PS-M à presidência do Governo Regional assume o compromisso de, em conjunto com todas as associações que trabalham nesta área social, «criarmos residências de autonomização assistida onde as pessoas possam ter os cuidados que necessitam – cuidados médicos, cuidados básicos da sua reorganização social – e que possam depois não necessitar de qualquer ajuda».