Considerando que a governação faz-se com transparência e rigor, «com respeito por quem representamos e muita responsabilidade», Paulo Cafôfo abordou, juntamente com a sua equipa, aqueles que são e serão os pilares desta candidatura e, assim espera, do próximo Governo Regional da Madeira.
De olhos nos olhos com a vasta plateia que encheu o centro de congressos do Casino da Madeira, o candidato deu conta daquilo com que podem contar ao votar no PS no dia 22 de setembro. «O voto no Partido Socialista será um voto num novo ciclo de desenvolvimento, que coloca a criação de oportunidades mais justas e mais equitativas para todas as pessoas no centro das prioridades. Um compromisso que se encontra vertido em todos os aspetos da nossa estratégia de desenvolvimento da região», afiançou, garantindo uma política ao serviço dos cidadãos em todos os aspetos da governação, ao serviço da sociedade civil, em verdadeiro sentido democrático, sem instrumentalização política das instituições.
Cafôfo preconiza um novo ciclo de desenvolvimento sustentado na dinamização da economia, na criação de emprego, na aposta na qualificação da nossa população, na inovação e tecnologia, e em políticas e projetos que tenham sempre em conta a sustentabilidade ambiental e social, numa região cujo principal motor económico é o Turismo.
O candidato do PS-M afirmou, por outro lado, ter muita confiança no «projeto que temos para a Madeira», um projeto que é «de rigor, de competência e de responsabilidade», feito por mulheres e homens de enorme valor nos seus mais variados campos de intervenção. Segundo referiu, este não se trata de um projeto de um homem só e «não é um projeto de um partido». «É um projeto colaborativo em estreita colaboração com a sociedade civil», com o objetivo de dar à Madeira o Programa de Governo que melhor serve o desenvolvimento da Região para a próxima década.
Paulo Cafôfo destacou, por outro lado, o facto de, pela primeira vez na história da Região, haver um partido que teve a coragem de unir em torno de si a sociedade civil de forma descomplexada para criar o programa eleitoral, materializado nas quatro convenções dos Estados Gerais que foram realizadas no último ano. Nesse sentido, frisou que vamos ter o programa eleitoral que «melhor serve o desenvolvimento da Região para a próxima década», que melhor serve todos os madeirenses e todos os porto-santenses.
O candidato socialista assegurou, portanto, que os compromissos hoje apresentados «são o que entendemos como prioritários para os primeiros 100 dias de Governo». «A Madeira não pode esperar. Os madeirenses e os porto-santenses não podem esperar», frisou.
Os compromissos assumidos inserem-se em quatro áreas agregadoras e estruturantes da política regional, nomeadamente Emprego e Oportunidades, Qualidade de Vida, Mudança e Inovação e Saúde e Solidariedade.
No campo do Emprego e Oportunidades, Cafôfo fez-se acompanhar no palco pelos coordenadores das áreas da Economia e Turismo, da Educação e das Finanças, que, numa conversa conduzida pelo candidato, foram apresentando as diferentes medidas.
Sérgio Gonçalves, coordenador da área da Economia, propõe um novo modelo de desenvolvimento económico, que permita criar mais emprego e igualdade de oportunidades. Por seu turno, Rui Caetano, coordenador da Educação, apontou como uma das medidas a gratuitidade do ensino obrigatório, no que respeita aos manuais escolares, à alimentação e aos transportes. Quanto a Ricardo Cabral, coordenador da área das Finanças, destacou que é preciso alterar a política orçamental do Governo, bem como apostar na qualificação de técnicos, defendendo a contratação de 500 profissionais qualificados. Preconizou igualmente o rigor das contas públicas.
Já no domínio da Qualidade de Vida, Paulo Cafôfo chamou ao palco os coordenadores das áreas do Ambiente, da Cultura e da Coesão Territorial. Thomas Dellinger, coordenador da área do Ambiente defendeu, entre outras medidas, a criação da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos e um plano estratégico de resíduos da RAM. «Temos de apostar numa economia circular, uma economia que faça a descarbonização», sustentou. Já Luísa Paolinelli, responsável pela área da Cultura, considera que é preciso descentralizar a cultura também para o norte da ilha e para o Porto Santo. A coordenadora defende uma cultura inclusiva, respeitando as diversidades e artes tradicionais, como sejam os vimes e o Bordado. Por seu lado, João Figueira de Sousa, coordenador da área da Coesão Territorial, aponta como compromisso a resolução do problema do subsídio de mobilidade aérea, assim como o alargamento do subsídio de mobilidade ao transporte marítimo.
No campo da Mudança e Inovação, acompanharam o candidato socialista os coordenadores das áreas do Mar, da Agricultora e Ordenamento Florestal e da Administração Pública. Rúben Eiras, o responsável pela área do Mar, apontou o objetivo de aumentar o PIB Regional em 10 por cento em dez anos e de criar 5000 empregos qualificados e bem remunerados, com 460 milhões de euros de investimento público e privado. Garantiu também o ferry entre a Madeira e o continente todo o ano e com escala no Porto Santo nas alturas em que o Lobo Marinho estiver em doca.
Por seu turno, Sílvia Sousa Silva, coordenadora da área da Agricultura, defendeu que é preciso aliar as técnicas tradicionais ao conhecimento e à ciência. Entre as propostas apresentadas estão a criação do Estatuto da Agricultura Familiar na Região e incentivar o modo de produção biológico. Pretende-se também reestruturar a empresa que gere o setor da banana – GESBA – e fazer crescer o rendimento dos produtores. A promoção da pecuária extensiva, valorizando o território, é outra proposta.
Já Pedro Diniz, coordenador da área da Administração Pública, quer começar por eliminar a «perseguição partidária que ainda existe na Madeira», um compromisso que não é apenas para 100 dias, tal como referiu. O responsável quer uma estratégia clara para a administração pública regional, a aposta na formação dos recursos humanos e a criação um posto de atendimento no norte da ilha, como acontece no Porto Santo.
Por fim, no que respeita à Saúde e Solidariedade, Cafôfo assegurou que «vamos criar as condições políticas e financeiras para resolver os problemas que a saúde tem», frisando que «com a Saúde dos madeirenses, ninguém pode brincar». Neste momento, o candidato chamou ao palco os coordenadores das áreas da Saúde, do Desenvolvimento Social e da Igualdade.
António Pedro Freitas, coordenador da área da Saúde, garantiu que «vamos dar corpo» ao novo hospital, que é tão necessário para tratar os doentes e para a melhoria das condições de trabalho dos profissionais. Quanto ao Hospital dos Marmeleiros, disse que tem condições indignas e é preciso encerrá-lo e trazer as áreas médicas para junto do hospital central. Apontou também o investimento em cuidados continuados integrados, em cuidados de proximidade junto do domicílio, bem como o investimento nos cuidados de saúde primários, médicos de família e enfermeiros. A resolução das listas de espera em quatro a seis anos e do problema das altas problemáticas foram outras propostas. Já a coordenadora da área do Desenvolvimento Social defendeu uma mudança de paradigma social. Sofia Canha apontou a preocupação com a pobreza e com os mais desfavorecidos, com destaque para os idosos. A habitação é outra das prioridades, com a coordenadora a esperar que nos 50 anos da Autonomia estejam resolvidos os grandes problemas habitacionais. Por seu lado, Elisa Seixas, coordenadora da área da Igualdade, defendeu a criação de um organismo governamental, dotado de orgânica e orçamentos próprios, com a incumbência de desenvolver uma política para a igualdade concertada com as demais áreas: Saúde, Educação, Cultura, Desenvolvimento Social e Economia.
O evento culminou com a intervenção do presidente do PS-Madeira, Emanuel Câmara, que destacou o percurso que o PS-M tem vindo a seguir e de todos os madeirenses e porto-santenses que querem e acreditam na mudança. «Eu sinto que vamos escrever uma página muito bonita do PS na Madeira», afirmou o líder socialista, acrescentando que «o Paulo Cafôfo será o protagonista dessa história ao assumir a alternância democrática na Madeira como presidente do Governo Regional».