O candidato socialista começou por afirmar que este foi um momento simbólico nesta caminhada rumo ao dia 22 de setembro e mostrou-se orgulhoso no PS e nas pessoas que têm aderido a este movimento de proximidade e de contacto com os madeirenses e com os porto-santenses. Tal como afirmou, este espaço «consubstancia aquilo que é a nossa candidatura, a abertura à sociedade civil, a abertura de pensamento, de pluralidade de opiniões», sendo «um espaço inclusivo aos militantes, aos simpatizantes do PS, mas também a outros que já foram de outros partidos, ou que não têm partido, e que queiram connosco construir uma Madeira do futuro».
Referindo que este é o projeto que melhor serve a Madeira e o Porto Santo, o cabeça de lista do PS às eleições legislativas regionais salientou o facto de estarmos, pela primeira vez, «num momento único, num momento histórico de poder ter uma alternância democrática na nossa terra». Segundo Paulo Cafôfo, a alternância democrática é sinal de evolução e de desenvolvimento. «Eu considero que hoje o maior obstáculo que existe na nossa Região é a falta dessa alternância, porque há falta de quem detém o poder de ideias, de pensamento, de vontade. E nós queremos uma Madeira positiva, uma Madeira inovadora e uma Madeira de esperança, e essa Madeira só é possível com o PS», sustentou.
O candidato a presidente do Governo assegurou que o PS vai fazer diferente, até porque é o que as pessoas esperam e exigem. Falando na saúde e na solidariedade social, Paulo Cafôfo disse que «as pessoas não podem ser números esquecidos em listas de espera de cirurgias, consultas ou exames». «As pessoas não querem ser só lembradas quando há eleições, para atribuição de eletrodomésticos, de cheques ou de vouchers. As pessoas querem ser tratadas como pessoas, com a dignidade que merecem e querem que os seus problemas não sejam mais uma vez adiados», referiu, assegurando que «vamos fazer diferente, pelas pessoas».
No campo da economia, afirmou que o turismo não pode ser gerido como uma gestão de condomínio, numa mera gestão estrutural ou conjuntural. «O turismo tem de ser uma mais-valia e nós temos de defender essa mais-valia», considerou, dando conta também que há que apostar na economia do mar, na criação de novos postos de trabalho e investir na educação dos jovens, «porque se investirmos na qualificação dos nossos jovens, estamos a investir no nosso futuro». Nessa ordem de ideias, deu conta da proposta da garantir a gratuitidade do ensino na escolaridade obrigatória no que se refere aos transportes, à alimentação e aos manuais.
A aposta e a valorização dos setores tradicionais – a agricultura, a pecuária e a pesca – também foi focada por Paulo Cafôfo, que salientou igualmente o intuito de apostar em novas áreas (digital e tecnológica) e de colocar a inovação ao serviço de todos os madeirenses. Melhorar o acesso dos transportes, dar condições de habitação aos madeirenses e aos porto-santenses que não a têm, garantir a continuidade territorial, seja por ferry, seja por avião, e dar as condições para proteger o ambiente, potenciando-o e usufruindo do mesmo numa perspetiva também de valor económico, foram outras ideias avançadas.
Por outro lado, o candidato socialista afirmou que fazer diferente é também ter outro tipo de postura no Governo, «um Governo que seja inclusivo, que não chantageia, que não persegue, que não ostraciza». «Comigo no Governo, não haverá filhos nem enteados, serão todos tratados por igual, com igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento», assegurou, deixando ainda uma palavra aos funcionários públicos: «todos terão lugar, ninguém será deixado para trás, todos serão envolvidos, porque o progresso desta terra conta com os funcionários desta terra para uma melhor Madeira».
Paulo Cafôfo referiu ainda que «precisamos neste momento de romper com vícios de mais de quatro décadas, vícios de favorecimentos, vícios de clientelismos». «Temos de ter uma Madeira que seja uma Madeira diferente, igual em oportunidades, igual para todos», sustentou, voltando a vincar que «o PS é a única força que está preparada e com capacidade para ser alternância democrática na Madeira e no Porto Santo».