À saída do tribunal, o cabeça-de-lista lembrou o trabalho que já foi conseguido em prol da Região nestes últimos quatro anos e assumiu o compromisso de «fazer mais e melhor».
Carlos Pereira referiu que há vários dossiês que têm de ser finalizados, começando por apontar o cofinanciamento do novo Hospital em 50%, o qual «nós temos de acompanhar até ao fim, para garantir que esse processo é bem concluído». A este respeito, lembrou o facto de este ser o primeiro Projeto de Interesse Comum aprovado para a Madeira, mostrando «muita honra em ter participado nesse processo».
Por outro lado, o candidato socialista afirmou que é preciso garantir que o Centro Internacional de Negócios da Madeira «ganha a estabilidade necessária para poder ser, de facto, um instrumento de desenvolvimento regional, de diversificação da economia e criação de emprego».
Outro tema que estará na ordem do dia tem a ver com os fundos europeus. Tal como explicou Carlos Pereira, nos dois últimos quadros comunitários a Região perdeu mais de mil milhões de euros de fundos europeus. «Hoje, todos os madeirenses já perceberam que nós temos um nível de desenvolvimento que exige que tenhamos mais fundos europeus do que tivemos no passado», sustentou, acrescentando que «temos de batalhar junto do Governo da República e junto da União Europeia para garantir que situações iguais têm fundos europeus da mesma dimensão». Isto porque, adiantou, a Região Autónoma dos Açores teve 1.500 milhões de euros no último quadro comunitário, ao passo que a Madeira teve 750 milhões de euros. «Ninguém entende que uma região que tem praticamente o mesmo nível de desenvolvimento tem metade dos fundos europeus», disse.
Por outro lado, Carlos Pereira lembrou que foi aprovado o novo modelo de subsídio de mobilidade aérea, mas acrescentou que «o processo não acabou». «Nós temos de colocar esse processo em prática e, sobretudo, temos de garantir que todo o dinheiro que o Estado gasta para ajudar a continuidade territorial dos madeirenses beneficia os madeirenses», declarou.
O cabeça-de-lista do PS-M às eleições legislativas nacionais de 6 de outubro adiantou ainda que outro tema determinante será a construção de uma agenda para a Autonomia plena. Tal como explicou, «a Madeira não pode esquecer que tem de continuar a reafirmar a sua Autonomia e aprofundá-la», sendo que, para tal, têm de ser construídos consensos na Região. «Se nós não construirmos consensos na Região – de nível partidário, mas também junto da sociedade civil – não seremos capazes de aprofundar a Autonomia, porque não ganharemos nada no plano nacional», referiu.
De resto, Carlos Pereira manifestou orgulho no trabalho que os deputados do PS-M fizeram no quadro da Assembleia da República, dando exemplos de dossiês importantes, como o apoio ao Hospital, as verbas dos jogos da Santa Casa da Misericórdia, questões relacionadas com os direitos de passagem da Empresa de Eletricidade, o apoio à agricultura familiar, matérias relacionadas com o Centro Internacional de Negócios da Madeira e ainda transferências financeiras para a Região.