Na missiva endereçada, Carlos Pereira, Olavo Câmara e Marta Freitas confrontam Manuel Heitor sobre os apoios concedidos à Academia açoriana, nomeadamente o contrato-programa no valor anual de 1.200.000 euros em cada um dos quatro anos da atual legislatura, para compensar as limitações e sobrecustos decorrentes da sua situação insular e ultraperiférica, o que não se verificou em relação à UMa.
Os deputados socialistas adiantam que, após a discussão do Orçamento de Estado para 2020, tomaram conhecimento de que foi celebrado um contrato de legislatura com a Universidade dos Açores, reforçando assim o seu financiamento em 4,8 milhões de euros para um período de quatro anos. Os parlamentares madeirenses frisam que «as universidades devem ter acesso às mesmas formas de financiamento, e de forma equitativa, por uma questão de justiça», e relembram que «até tem sido a Universidade da Madeira a mais penalizada em termos de financiamento nos últimos anos, comparativamente». Adiantam ainda que, nesta situação, não se identifica uma discriminação positiva, atendendo a que a UMa esteve presente e assinou o Contrato de Legislatura com o Governo, na data prevista, ao contrário da Universidade dos Açores.
Assim, Carlos Pereira, Olavo Câmara e Marta Freitas solicitam ao ministro que clarifique em que termos foi concretizado este contrato entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a Universidade dos Açores, bem como quais os critérios utilizados para este reforço financeiro. Os deputados querem também saber se a UMa foi contactada para o mesmo efeito – a celebração de um contrato programa com o Ministério para reforço financeiro – e ainda para quando está prevista a reunião com a UMa para avaliar ou quantificar esse reforço financeiro necessário.