Tal como explicou o deputado Carlos Pereira, estes profissionais estão preocupados com as declarações formais, em particular da easyJet, mas também da Transavia, de que o modelo que foi aprovado na Assembleia da República para o novo subsídio de mobilidade possa levar à saída dessas companhias. Na Região existem 200 trabalhadores da Portway, além dos 2000 no plano nacional, sendo que os mesmos temem que a saída das companhias aéreas possa levar a um desemprego em massa.
Carlos Pereira referiu que o PS está sensível a estas questões e defende, de forma clara, a ideia de os madeirenses poderem pagar apenas 86 euros pelas viagens, mas acrescentou que, ao mesmo tempo, é preciso garantir que temos mais companhias a operar na Região Autónoma da Madeira, e não menos. «É de uma total irresponsabilidade defender a aplicação de um modelo que leva à saída de companhias e à perda de mercado», sustentou.
O parlamentar socialista apelou, por isso, a que todos os partidos, e os governos em particular, «tenham sentido de responsabilidade sobre esta matéria». «É preciso olhar para este tema com grande sentido de responsabilidade, aplicar o modelo que foi aprovado, mas garantir que temos tudo o que temos de ter, que é preços a 86 euros e as mesmas ou mais companhias aéreas, porque é isso que defende o interesse da Madeira», disse Carlos Pereira, avisando que «não nos vamos esquecer daqueles que, por oportunismo político e partidário, têm declarações absolutamente irresponsáveis sobre esta matéria».
Os deputados do PS entendem que o grupo de trabalho que está criado entre o Governo da República e o Governo Regional deve começar imediatamente a trabalhar para garantir que estes dois objetivos são cumpridos.