Segundo, o Porto Santo não deverá ser esquecido ou deixado para o final da lista de aplicação das medidas anunciadas pelo Governo Regional.
A crise que se adivinha decerto afetará toda a Região Autónoma da Madeira, mas, por consequência da sua especificidade, o Porto Santo será o mais afetado, aprofundando ainda mais as desigualdades com que nos debatemos, e reduzindo substancialmente o nosso potencial económico.
O número de trabalhadores por conta de outrem no Porto Santo representa quase 40% da população ativa, são cerca de 1190 trabalhadores, uma grande parte deles, trabalhadores precários que já sem a crise desta pandemia, tinham a sua vida dificultada na época baixa turística.
Mais, ao nível da ligação aérea entre ilhas, o Porto Santo aguarda pelas devidas diligências do Governo Regional para resolver esta questão.
Torna-se assim premente a aplicação de medidas de apoio às empresas que visam mitigar o impacto negativo do Covid-19 no Porto Santo.
Medidas como:
- Assegurar que todas as medidas de apoio, anunciadas pelo Governo Regional, fiquem o mais rapidamente possível disponíveis para que as PME do Porto Santo consigam aceder com mais facilidade através da criação de um gabinete de apoio local aos apoios financeiros;
- A Garantia que todos os alunos do 1° ciclo com necessidades alimentares, especialmente os que possuam o 1° e 2° escalão de ação social, tenham acesso às refeições que tinham nas escolas em suas casas;
- A criação de apoios, a fundo perdido, para o setor primário, de modo a incentivar as pessoas que possam ficar desempregadas a ingressar nessa área;
- A criação de um grupo de trabalho que envolva todas as entidades governamentais no sentido de elaborar um plano de recuperação económico ajustado para o Porto Santo;
- Adotar medidas no âmbito da promoção turística regional que relevem o Porto Santo, de modo a que nossa ilha não seja prejudicada em relação ao todo regional.
O deputado,
Miguel Brito