Na audição à governante com a pasta da Saúde, Marta Temido, a parlamentar socialista começou por afirmar que foi um Serviço Nacional de Saúde forte e preparado que permitiu os bons resultados e reconhecimento internacional na contenção do vírus, tendo destacado igualmente a articulação com outros ministérios e entidades, que se revelou essencial na orientação à população, às empresas e instituições de apoio social.
Tal como evidenciou, a verdade é que, após mais de dois meses desde o início do confinamento, foi possível reabrir as portas para visitas aos familiares dos utentes nas estruturas residenciais destinadas aos idosos e pessoas com deficiência, bem como foi possível reabrir os centros de atividades ocupacionais e creches, apoiando os utilizadores e suas famílias com segurança, através procedimentos de segurança e higienização bem estabelecidos. «Neste trabalho articulado, sabemos também que a participação dos parceiros sociais foi essencial para uma otimização da resposta dada pelas instituições, tendo sido também importante a participação nas formações e sessões de esclarecimento promovidas pelo Governo», adiantou. Neste sentido, Marta Freitas questionou a governante sobre se as famílias podem estar confiantes neste trabalho articulado entre ministérios e parceiros sociais e se poderão retomar as suas rotinas recorrendo ao apoio que era habitual nas várias instituições de apoio social.
Neste seguimento, a deputada socialista madeirense perguntou como tem sido a articulação com as Regiões Autónomas nesta fase. Por outro lado, porque neste momento torna-se premente o investimento público, em especial na saúde, Marta Freitas questionou como está o ponto da situação em relação à construção ou requalificação dos hospitais previstos para este ano e já contemplados no Orçamento do Estado, em particular o do Funchal.
Saliente-se que a questão do novo hospital tem sido uma das batalhas assumidas pelo PS-M, cujos deputados à Assembleia da República têm vindo a colocar como prioridade na sua agenda a garantia de que o Estado iria comprometer-se com um Projeto de Interesse Comum para cofinanciar esta infraestrutura. Uma reivindicação que só foi atendida pelo Governo da República do PS, que contempla essa medida no Orçamento do Estado para este ano.
Aliás, isso mesmo foi reforçado no passado fim de semana pela líder parlamentar do PS na Assembleia da República, Ana Catarina Mendes, a qual, no âmbito das jornadas parlamentares do PS-M, sublinhou que o Orçamento do Estado apoia a necessidade do novo hospital.