O parlamentar socialista considera que o combate à corrupção é sempre bem-vindo, mas acrescenta que «exige seriedade, conhecimento do alvo e competência» e que, a juntar a tudo isto, pede-se «urbanidade e limites à grosseria».
Particularmente crítico em relação à posição de Ana Gomes, Carlos Pereira diz que esta «não tem nenhum destes atributos e não é diferente de outros a quem chama de mentirosos e arruaceiros». E garante mesmo que jamais votará na ex-eurodeputada, «nem para Presidente da República nem para presidente de junta».
O deputado madeirense refere que houve momentos em que Ana Gomes poderia ter escolhido trilhar um caminho de intervenção cívica com reconhecimento social, mas adianta que esta caiu na tentação de escolher o mais fácil: «um modo populista e brejeiro onde a mentira e a verdade se misturam com a utilidade do momento».
«Estas últimas duas semanas, atacou o CINM nas suas duas vertentes. Não é uma novidade, mas, ao que parece, Ana Gomes acha que é um alvo fácil e que lhe rende os votos de quem ouve sem contraditório», adianta o parlamentar.
Carlos Pereira frisa que o país precisa de combate à corrupção, mas acrescenta que «o país de Ana Gomes é um amontoado de acusações desconexas e violentas num confronto sistemático e insustentáveis com a verdade». «Tudo vale para chamar a atenção e, de oito em oito dias, Ana Gomes entretém os portugueses numa espécie de justicialismo televisivo de domingo à noite», remata.