Olavo Câmara começou por recordar que “a história o que nos diz é que Portugal desenvolveu-se, cresceu e soube se reinventar quando se virou para o Mar”, reforçando que “sempre tivemos um mar de oportunidades e hoje, felizmente, ao contrário do passado, temos um governo que navega esse mesmo mar”.
“O programa de governo realça essa mesma aposta, não só pelas potencialidades e oportunidades que podemos ter, mas também, acima de tudo, pela necessidade da sustentabilidade dos recursos e das novas exigências ambientais”, sublinha.
O parlamentar anota assim que esse mesmo programa, assente em 7 eixos de desenvolvimento do mar, está aliado a um orçamento superior a 208 milhões de euros, o que, segundo mesmo, “demonstram bem que o governo português deixou de estar de ‘costas’ voltadas para o mar, e que o mar não só é parte integrante do nosso país, mas também é, pode e deve ser parte integrante do desenvolvimento económico e social da nossa sociedade”.
Olavo Câmara lembra ainda que Portugal, no que ao mar diz respeito, tem passado por várias “tempestades” ao longo da sua história.
“Recentemente, primeiro pelas mãos do PSD, com um tempo turbulento, em que a prioridade foi abater embarcações e desmantelar grande parte da nossa frota pesqueira. Depois com o CDS, que apesar da sua grande capacidade para comprar submarinos, nada mais deixou ao serviço do nosso mar e dos portugueses”, enumerou.
O deputado Olavo Câmara elencou assim um conjunto de questões em torno do mar, tentando perceber o impacto da Covid-19, no sector, com particular incidências nos projetos que estão a ser desenvolvidos.
Dessa forma, sublinhou, junto do Ministro, que “para o Partido Socialista o mar é um recurso nacional muito valioso, e é importante perceber o estado em que se encontra o desenvolvimento das medidas e compromissos que se encontram no programa de governo, se houve alguma mudança de prioridade ou de planos, ou se está previsto o aumento dos meios e medidas no seguimento do plano de recuperação económico e social que veio reforçar o papel do mar como fundamental na recuperação da economia portuguesa”.
“Existe muitos recursos inexplorados no nosso mar, que ainda depende muito da investigação, da ciência e do desenvolvimento de tecnologias para serem conhecidos e aproveitados, como os minérios no fundo do mar, e precisamos saber se este caminho de futuro está a ser feito”, questionou.
O deputado madeirense aproveitou ainda para questionar quanto aos projetos das energias renováveis oceânicas, dos investimentos na aquicultura, na indústria naval e na reestruturação da frota pesqueira, ao nível do impacto que a pandemia está a ter sector.
Por fim, Olavo Câmara frisou que “todas as respostas para a ameaça climática e dependência de recursos passa por uma nova gestão do mar e que aliada ao conhecimento e tecnologia”, questionado assim quanto ao andamento desses mesmos projetos.
“Apesar de saber para onde queremos navegar, é importante saber como está o desenvolvimento de todas as políticas e projetos, e ainda, saber se o covid-19 veio criar obstáculos”, concluiu.