A deputada Sofia Canha, em declarações à comunicação social, começou por referir que, no início da nova sessão legislativa, o PS levará a debate um diploma que propõe a atribuição de suplemento remuneratório para os profissionais que fazem apoio domiciliário com vínculo público.
“O PS reconhece que esta profissão requer e exige da parte de quem decide uma maior atenção”, disse, dando conta das últimas estatísticas nacionais apontam que há, em média, 153 idosos para 100 jovens, facto que fortalece a pertinência desta proposta, com o objetivo claro de dignificar “o trabalho desenvolvido por estes profissionais que desempenham funções exigentes e de grande responsabilidade social”.
Reforçou ainda o valor da proposta, sublinhado o que “há cada vez mais pessoas idosas isoladas em casa” e que “precisam deste apoio”, sendo necessário “dar melhor condições às assistentes domiciliárias como forma de cativar mais pessoas para esta profissão”.
A parlamentar diz mesmo que estes profissionais “não auferem de um salário compatível com o grau de exigência e de penosidade que lhe é exigido”, tendo em conta que não usufruem das mesmas condições de trabalho de quem trabalha em instituições de apoio ao idoso.
Sofia Canha adianta ainda que o PS irá apresentar, em breve, um outro projeto, já agendado, que visa a atribuição de um suplemento remuneratório aos ajudantes familiares com vínculo às Instituições Particulares de Solidariedade Social. Projeto que visa assim garantir a aproximação salarial de quem exerce esta profissão no público e no privado.
Sofia Canha lembra ainda que “o Governo Regional, em janeiro, assumiu e afirmou que era necessário e premente melhorar a carreira destes profissionais”, mas que, no entanto, “até agora não foi dado qualquer passo nesse sentido”.
O suplemento remuneratório proposto pela bancada socialista é mensal e corresponde a um ¼ do IAS em vigor, pago em 12 meses.