Paulo Cafôfo falava esta manhã, no âmbito de uma mesa redonda promovida pelo Grupo Parlamentar do PS, que juntou os coordenadores dos centros de investigação da UMa, para conhecer e debater a sua visão sobre o futuro da Região.
O responsável começou, aliás, por apontar o dedo ao PSD e ao CDS por, reunidos em jornadas parlamentares, «optarem por fazer críticas à minha pessoa e ao Partido Socialista», ao passo que «nós optamos por estar com a Universidade, com os centros de investigação e os seus coordenadores a discutir o futuro da Região, porque é isso que importa neste momento».
De acordo com Paulo Cafôfo, a UMa, particularmente através dos centros de investigação, tem um papel fundamental na produção do conhecimento, na inovação, mas também nas soluções para o futuro da Madeira. Por isso, salientou que é importante dar as condições à Academia, «a começar por um apoio e a protocolização com a Universidade». O líder dos socialistas madeirenses lembrou que o Governo Regional dos Açores tem um Fundo para a Ciência e Tecnologia que, nos últimos quatro anos, apoiou em 15 milhões de euros a Universidade dos Açores. Nesse sentido, afirmou que, tendo em conta a estratégia da Região, «podíamos também ter um fundo desse tipo» e uma «ligação entre a Universidade (o conhecimento, a inovação e a investigação) e a parte prática da nossa realidade, com consequências nas decisões políticas».
Na ótica de Paulo Cafôfo, a Região precisa de dar um salto qualitativo, sendo que a UMa tem um papel importante nessa matéria. Tal como afirmou, a Academia podia ter uma projeção até nacional e internacional, se lhe fossem dadas as condições. «Nós, para sermos competitivos do ponto de vista económico, necessitamos de qualificar a nossa população e fixar os jovens na terra onde nasceram», sublinhou. O presidente do PS-M apontou que a Região pode avançar em áreas como a qualificação e o ensino, a modernização tecnológica, na diversificação da economia – podendo ser um exemplo na inovação empresarial da Economia Azul, com um “cluster” digital do mar – e mesmo no setor primário, aliado à inovação.
O socialista considerou que «o futuro da Região passa pela Universidade, pelo conhecimento e pela investigação que ali se faz», vincando que a estratégia regional deveria passar pela contratualização de acordos com a Academia, tendo em conta as enormes dificuldades que esta atravessa.