Esta manhã, em conferência de imprensa realizada na baía de Câmara de Lobos, a deputada Elisa Seixas explicou que o Grupo Parlamentar reuniu-se recentemente com a Coopesca, que deu conta das preocupações dos profissionais do setor, em relação às quais os deputados socialistas querem resposta por parte de Teófilo Cunha. Algumas das questões apontadas têm a ver com a renovação da frota de barcos espadeiros e, eventualmente, o abate de alguns, os problemas relacionados com o funcionamento da lota e o prometido complemento salarial para fazer face às consequências da pandemia.
Aliás, a deputada adiantou que o PS apresentou também um voto de protesto pela morosidade em relação à atribuição desta ajuda, lembrando que «estas pessoas estão desde março à espera de respostas». «O apoio foi anunciado em maio e, entretanto, já passou este tempo todo e ainda não viram um tostão que seja na sua conta», denunciou Elisa Seixas, dando conta que, então, foi anunciado um apoio na ordem de 1.250.000 euros.
A parlamentar recordou que, na altura, o secretário com a tutela das Pescas disse que, ao contrário da Europa, que reunia muito e decidia pouco, o Governo Regional decidia bastante. «Pelos vistos, cumpre pouco, porque já passaram imensos meses», criticou a socialista, advertindo que «as pessoas comem todos os dias» e não apenas a partir de novembro. «As pessoas cumpriram a sua parte do acordo, que era reduzirem as saídas para o mar e entregarem toda a documentação», afirmou Elisa Seixas, acrescentando que o processo atrasou, que essa mesma documentação caducou e que estas terão de recomeçar tudo de novo. «Isto significa que os armadores, pescadores e apanhadores vão ter de voltar a pagar para terem a documentação que já tinham metido antes», sustentou, acusando o Executivo de andar a «brincar com as pessoas e com as famílias de 750 profissionais da pesca».
Por isso, um dos objetivos da chamada do secretário regional ao Parlamento é, precisamente, esclarecer quais as rezões para este atraso.