Aquando da audição ao ministro do Mar, no Parlamento nacional, o deputado madeirense fez especial referência aos territórios insulares, defendendo que é preciso direcionar as medidas e as políticas para que «as regiões ultraperiféricas tenham na União Europeia o garante da plena mobilidade».
Olavo Câmara vincou a importância da mobilidade marítima – de carga e de passageiros – no sentido de fazer face à condição ultraperiférica das regiões autónomas, defendendo que «se utilize o nosso mar como uma verdadeira autoestrada de oportunidade e ligação» para todas as regiões do país, principalmente entre Portugal Continental e as ilhas. O mesmo deve acontecer entre as regiões autónomas e outros mercados, como os da Macaronésia. Da mesma forma que foram construídas estradas e ferrovias para ligar a Europa, torna-se agora importante ligar por via marítima as ilhas ao continente europeu e entre si, considerou.
O parlamentar socialista sustentou ainda que Portugal só tem a ganhar com uma aposta forte no mar, principalmente agora, com a saída do Reino Unido da União Europeia, podendo afirmar-se como uma alternativa do ponto de vista da atração de empresas. Tal como reforçou, Portugal tem a possibilidade de liderar e implementar uma visão atlântica na Europa, essencial para o seu desenvolvimento e o das regiões autónomas, devendo, para isso, aproveitar a liderança do Conselho da União Europeia.