O Grupo Parlamentar do Partido Socialista defende que, no Orçamento Regional para 2026, o Governo Regional reponha os 50 milhões de euros que, de acordo com a proposta apresentada, se prepara para cortar no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).
Esta manhã, em conferência de imprensa realizada junto ao hospital Dr. Nélio Mendonça, a deputada Marta Freitas criticou esta intenção do Executivo, referindo que Miguel Albuquerque “cumpriu com o que disse: cortou na Saúde”.
A socialista adiantou que não faz qualquer sentido cortar neste setor, tendo em conta que é o SESARAM que assegura os cuidados de saúde aos madeirenses, e alertou para questões como as altas problemáticas, as recorrentes faltas de medicamentos, as dificuldades no acesso a muitos tratamentos, bem como a falta de pagamentos e valorização de vários profissionais.
Marta Freitas manifestou a sua preocupação em relação ao corte previsto de 50 milhões de euros no próximo ano, ainda para mais quando há um historial de dívida e de prejuízo no SESARAM. Tal como adiantou, no passado mês de abril houve uma injeção de capital no SESARAM no valor de 40 milhões de euros, precisamente para fazer face aos problemas conhecidos, pelo que não faz sentido a redução prevista.
A parlamentar criticou as prioridades invertidas da governação e questionou por que razão o Executivo não corta nas Sociedades de Desenvolvimento, nos campos de golfe ou nas nomeações. “Porque é que não se retira dessas gorduras, ao invés de se retirar da saúde, que é um direito dos madeirenses?”, perguntou.
Neste sentido, Marta Freitas adiantou que o PS vai apresentar uma proposta para que, no Orçamento do próximo ano, sejam repostos os 50 milhões de euros retirados na proposta orçamental e que tanta falta fazem à Saúde na Região.
