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Pedro Diniz acusa JPP de esconder gravidade da dívida municipal e critica “compromisso sério” anunciado em ano eleitoral

O candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Cruz, Pedro Diniz, reagiu com dureza às recentes declarações de campanha do executivo do JPP, que anunciou publicamente um “compromisso sério” com o concelho. Para o candidato socialista, trata-se de mais um episódio de “promessas vazias em ano eleitoral”, contrastando com uma governação marcada por falta de transparência, ausência de estratégia e uma dívida municipal que ameaça agravar-se substancialmente.

“Mais uma vez, em vésperas de eleições, lembram-se de prometer trabalho e compromisso sério. Mas os números falam por si: a dívida atual da Câmara Municipal de Santa Cruz já é elevada, e pode vir a crescer de forma preocupante com os mais de 35 milhões de euros que estão hoje em contencioso e que podem ser convertidos em dívida efetiva”, sublinha Pedro Diniz.

O candidato do PS acusa o executivo de manter a população no escuro sobre a real situação financeira da autarquia, e recorda que, nos últimos anos, o Tribunal de Contas expôs ilegalidades cometidas em matéria de apoios sociais e despesas sem suporte legal.

“Não é este o modelo de gestão responsável que Santa Cruz merece. O que temos visto é uma governação marcada por improviso, falta de planeamento e uma preocupante leveza no uso dos recursos públicos. E quando se somam dezenas de milhões em contencioso, estamos a falar do futuro do concelho em risco.”

Pedro Diniz vai mais longe e critica o que considera ser uma “estratégia típica do JPP” em anos de eleições: “Em Santa Cruz, deviam haver autárquicas todos os anos — é a única forma de este executivo mostrar algum sinal de trabalho. É quando estão em jogo os votos que começam a fazer anúncios e a copiar ideias de outros.”

Entre os exemplos apontados, o candidato do PS destaca o abandono do Cais de Santa Cruz, a falta de requalificação do Mercado Municipal, a degradação da frente-mar, o incumprimento em matéria de habitação social, e o sucessivo adiamento da revisão do PDM, um instrumento essencial ao desenvolvimento e investimento privado no concelho.

Por fim, Pedro Diniz lamenta que, para além da falta de obra, exista uma tendência “repetida e descarada” de apropriação de ideias do PS Santa Cruz, como projetos estratégicos para a cultura e reabilitação urbana. “Este executivo não tem visão, nem plano. Recorrem às ideias dos outros e apresentam-nas como suas. É o sinal mais claro de que estão esgotados e que Santa Cruz precisa, finalmente, de uma alternativa real”, remata.