Pedro Diniz apresentou, hoje, publicamente, a sua candidatura à presidência da Câmara Municipal de Santa Cruz, pelo Partido Socialista.
Um projeto que, tal como salientou, tem como desígnios romper com as décadas de atraso a que o concelho tem estado votado pelas mãos do PSD e do JPP, devolver aos santa-cruzenses a dignidade que merecem e construir soluções reais para o futuro.
No evento, que teve lugar no centro da cidade de Santa Cruz, o candidato socialista deu conta que, durante mais de 50 anos, o concelho tem estado refém de um poder que “pouco mudou de rosto”, referindo que, depois do PSD, agora o JPP comporta-se “como se o futuro fosse apenas a repetição do passado”.
“É tempo de ousarmos sonhar diferente e escrevermos juntos uma nova história”, desafiou, salientando que Santa Cruz merece mais e não pode continuar refém da indecisão ou da falta de ambição de quem tem governado sem mudar verdadeiramente a vida das pessoas.
De acordo com o socialista, os executivos anteriores falharam, já que, apesar de terem tido tempo e meios, não tiveram vontade nem visão. É por isso que Santa Cruz precisa de uma mudança, de coragem e de uma alternativa séria, algo que só pode acontecer com o PS. “Somos a única força capaz de romper com décadas de atraso, de devolver dignidade às pessoas, de construir soluções reais para o futuro. Temos uma equipa jovem e experiente, ligada ao concelho, com provas dadas de dedicação e de competência. Temos a energia da renovação e a seriedade de quem sabe governar”, afirmou, acrescentando que é chegada a hora de virar a página e de devolver esperança a Santa Cruz, com uma governação próxima e transparente.
Na ocasião, Pedro Diniz enumerou aquelas que são as linhas mestras da sua candidatura, a começar pela área da habitação. “As famílias continuam sem conseguir ter casa. Os jovens não conseguem viver onde nasceram. Em Santa Cruz, a habitação tem de ser tratada como um direito”, afirmou, apontando o objetivo claro de suspender as novas licenças de alojamento local e criar uma plataforma de arrendamento acessível, com benefícios fiscais, para devolver casas às famílias e esperança aos jovens.
No campo da mobilidade, referiu-se ao problema do trânsito, com filas intermináveis no Caniço, assumindo o compromisso de, nos primeiros 100 dias de governação, lançar o projeto ‘StaCruz eBUS’, garantindo um transporte elétrico municipal gratuito que “vai aproximar pessoas, reduzir filas e dar mobilidade real ao concelho”.
A um outro nível, o candidato à presidência da autarquia considerou inaceitável que, em pleno século XXI, haja famílias que continuem sem acesso à rede de saneamento básico e que o emissário dos Reis Magos continue a manchar o mar, colocando em causa a saúde pública. “Está na altura de dizer basta: vamos garantir saneamento para todos, resolver o emissário de uma vez por todas, com ou sem contrato-programa com o Governo Regional, porque com esses já sabemos que não podemos contar, já que a discriminação para com as câmaras de cor política diferente é garantida”, afiançou.
A Cultura é outra das apostas da candidatura socialista, que lamenta o abandono a que o setor tem sido votado. Pedro Diniz projeta para a Camacha a criação do Museu do Vime, do Artesanato e do Folclore e, em Santa Cruz, pretende criar um Centro de Artes e Espetáculos, um espaço moderno, aberto, que valorize os artistas locais, traga eventos de referência e coloque o concelho no mapa cultural da Madeira, de Portugal e da Europa.
Noutro âmbito, o PS quer também criar um regulamento claro e justo de apoio ao desporto e ao movimento associativo e investir no parque desportivo municipal.
No campo social, o candidato alertou para a dura realidade de idosos isolados, famílias em situação vulnerável e cidadãos sem a devida resposta por parte da autarquia. Pedro Diniz entende que ninguém pode ficar para trás e garante proximidade, respostas céleres e dignidade, anunciando que irá criar a Provedoria do Munícipe, para dar voz direta às pessoas, e que irá reforçar os apoios aos mais frágeis.
Na ocasião, o socialista fez questão de homenagear duas personalidades que considera pilares estruturantes da sua candidatura: José António Nunes, Isabel Aguilar, Gil França e Aura Nunes.
Dirigiu ainda um particular agradecimento àqueles que o acompanham na candidatura, nomeadamente António Alves, Fabiana Pimenta, Diogo Martinho Henriques, Antónia Pimenta, Miguel Fonseca e Sofia Aguiar (equipa de vereação), assim como a Leonilde Cassiano (candidata à Assembleia Municipal) e aos candidatos às juntas de freguesia, Almerino Correia, Igor Nunes, José António Nunes e Henrique Pimenta.
PS é a solução para Santa Cruz
Por seu turno, o presidente do PS-Madeira afirmou que o PS e Pedro Diniz são a solução para Santa Cruz, salientando que esta candidatura pretende ser a voz de todos os santa-cruzenses que não se reveem na atual e anteriores governações do município.
Paulo Cafôfo referiu que Santa Cruz tem perdido oportunidades neste “pingue-pongue entre o JPP e o PSD”, evidenciando que, particularmente nos últimos 12 anos, a autarquia foi liderada pelo JPP, mas esta governação desiludiu e defraudou as expetativas dos santa-cruzenses. “O JPP começou como um movimento anti-partidos, mas, hoje em dia, incorpora os piores vícios dos partidos. É um partido de pessoas ressabiadas de outros partidos e que se aproveita do ressentimento da população, sem ter um projeto de futuro”, denunciou.
Perguntando qual a marca que o JPP deixou nos últimos 12 anos em Santa Cruz, o líder socialista disse que aquele partido “tem sido bom a arrecadar impostos, mas tem sido muito mau a concretizar promessas e compromissos”, dando como exemplo a habitação.
De acordo com Paulo Cafôfo, o PSD e o JPP estão cada vez mais parecidos, razão pela qual é necessária uma lufada de ar fresco. “Precisamos de competência em vez de vitimização. Precisamos de transparência em vez de opacidade. Precisamos de estar ao serviço das pessoas em vez de nos servirmos das pessoas”, declarou, reforçando que o PS é a solução para Santa Cruz e que esta é uma candidatura com visão de futuro e coragem para resolver os problemas.
Cafôfo destacou a importância do poder local, salientando que ser autarca é estar ao lado das pessoas, conhecer os seus problemas, calçar os seus sapatos, resolver os seus problemas e ter uma disponibilidade total. “Servir significa colocar os interesses da comunidade acima de qualquer ambição pessoal ou de qualquer cálculo partidário”, referiu, voltando a dirigir críticas à candidatura do JPP, que “está cheia de interesses pessoais e de calculismos partidários, como se viu na escolha da candidata aqui em Santa Cruz”.
Já José António Nunes, mandatário da candidatura, considerou que Santa Cruz vive um momento decisivo e que precisa urgentemente de uma mudança responsável. “O desenvolvimento que Santa Cruz merece não acontece. Vemos um concelho com potencial, mas sem estratégia clara, com necessidades reais, mas sem respostas eficazes. Falta visão, planeamento e liderança para unir e mobilizar o concelho rumo ao futuro”, disse.
Crítico em relação à governação atual do município, José António Nunes salientou que a candidatura socialista assenta em valores sólidos e políticas de proximidade, com um compromisso com o desenvolvimento, a justiça social e o futuro de Santa cruz. “Chegou a hora de transformar a esperança em realidade e de dar um novo rumo a Santa Cruz”, afirmou.
Por seu lado, a cabeça de lista à Assembleia Municipal denunciou o estado de estagnação em que o concelho se encontra, constatando que quem teve responsabilidades governativas desperdiçou tempo e energia e não implementou as soluções que Santa Cruz precisa.
Leonilde Cassiano sustentou que é urgente mudar de atitude, promover pontes e colocar o interesse coletivo acima dos interesses individuais, salientando que o PS se assume como uma alternativa séria e equilibrada, comprometido com a população.
“O PS faz falta a Santa cruz. Queremos devolver esperança a Santa Cruz”, afirmou, destacando que o mote da candidatura – ‘É por ti, é por todos’ – mostra precisamente que ninguém pode ficar para trás.