José Luís Carneiro assumiu, hoje, o compromisso com a defesa do reforço da Autonomia regional e com a revisão da Lei das Finanças Regionais.
Numa iniciativa política em Machico, onde veio apresentar a sua candidatura a secretário-geral do PS – sob o lema ‘Ouvir e Dar Voz às Pessoas’ – o socialista disse-se um “acérrimo defensor” das autonomias locais e regionais, salientando a necessidade de a Lei de Finanças Regionais ser atualizada para garantir mais autonomia para a Madeira e os Açores, mas também mais responsabilidade, para que “os recursos que são de todos nós sejam administrados com probidade e transparência”.
“Podem confiar no futuro líder do PS para defender o reforço da Autonomia regional”, asseverou, mostrando-se agradado com a mobilização e a motivação dos socialistas madeirenses.
José Luís Carneiro aproveitou para realçar a importância que a Madeira tem, não só no presente como para o futuro do País. “ É um território cuja importância geoestratégica e geopolítica é do maior relevo. A Madeira e os Açores, tendo em conta o quadro geopolítico global, podem e devem ter uma função ainda mais relevante na política externa do País e na afirmação da política de defesa e de segurança nacional”, afirmou.
Depois de relevar o legado do padre Martins Júnior, recentemente falecido, o candidato destacou a importância do PS, enquanto partido defensor dos valores fundamentais da liberdade, da democracia e da igualdade e com uma grande responsabilidade ao serviço do povo madeirense, continuando a trabalhar para garantir uma alternativa política.
José Luís Carneiro aproveitou para expressar todo o seu apoio aos candidatos socialistas às próximas eleições autárquicas e destacou que se há dimensão de poder onde o PS tem provas dadas é no poder local democrático, porque é lá que se resolvem os problemas concretos das pessoas na saúde, na habitação, no emprego, nas condições de vida, no espaço público e na qualidade da democracia. “A minha expetativa é que o PS possa ter nas autárquicas de novo uma afirmação daquela que é a sua grande força desde 1976”, expressou.
A atualidade política regional também não escapou aos comentários de José Luís Carneiro, que condenou os “insultos no coração da Democracia regional a duas deputadas da oposição”. “Não é este o pensar do povo da Madeira, das mulheres, dos homens, dos mais velhos aos mais jovens”, declarou.
Já mais no âmbito nacional, o socialista garante que o PS fará uma oposição firme e responsável e que se afirmará como uma alternativa política para o País, apontando como prioridades a defesa da Saúde, da Segurança Social e proteção social públicas e da escola e ensino superior públicos, para que todos tenham igualdade de oportunidades. A Segurança Interna e a Defesa são também fulcrais, tendo também em conta a atual conjuntura.
O candidato a secretário-geral do PS defendeu a constituição de um pacto para o futuro de Portugal até 2050, realçando que “temos o dever de alinhar as prioridades de desenvolvimento do país com as prioridades dos documentos de orientação estratégicos da União Europeia e das Nações Unidas”, olhando para desafios como os da demografia, da tecnologia ou da energia. “Temos de preparar o País para o cenário do que pode vir a ser a Europa e o Mundo em 2050”, reforçou, voltando a reafirmar a defesa dos valores da liberdade e da democracia.
Madeira não é uma nota
de roda-pé de Portugal
Por seu turno, o presidente do PS-Madeira elogiou o percurso de José Luís Carneiro, destacando o homem de respeito e competente e realçando a sua proximidade com as pessoas, fatores que são decisivos para este objetivo de robustecer o PS, com responsabilidade e coragem.
Paulo Cafôfo aproveitou para apelar à atenção para as questões que dizem respeito à Região. “As Regiões Autónomas são parte integrante do território nacional. A Madeira não é uma nota de roda-pé de Portugal, é uma página principal de Portugal”, disse, acrescentando que o Estado deve olhar para os madeirenses como portugueses de corpo inteiro.
Cafôfo alertou para os desafios relacionados com a Região, nomeadamente a revisão da Lei de Finanças Regionais. “Sei que terás nestas questões da Madeira as tuas questões e os madeirenses e porto-santenses podem contar contigo”, expressou, vincando que a candidatura de José Luís Carneiro traz confiança e coragem.
Já Marta Freitas, secretária-geral do PS-Madeira e mandatária regional da candidatura, evidenciou o facto de José Luís Carneiro ser um homem de pontes e de diálogo, que conhece o partido, o país e as pessoas.
Trata-se, como referiu, de um político de proximidade, acessível e determinado, que nunca virou a cara aos desafios, quer como autarca ou governante, tendo também vestido sempre a camisola do PS com coragem.
Marta Freitas salientou que esta é uma candidatura de compromisso com as pessoas e respeito pelas Autonomias regionais. “A unidade nacional constrói-se com o fortalecimento da autonomia da Madeira e dos Açores”, referiu.
A cerimónia contou também com a intervenção de Célia Pessegueiro, vice-presidente do PS-M e presidente da Câmara da Ponta do Sol, que manifestou todo o seu apoio ao candidato à liderança do PS, cuja garra enalteceu.
Célia Pessegueiro destacou que José Luís Carneiro era quem tinha melhor perfil para candidato a primeiro-ministro, mas salientou que nunca é tarde. Referiu que agora é tempo de endireitar algumas coisas e preparar o partido para o futuro. “O PS é um instrumento para avançarmos com uma solução para o País, que passa num primeiro momento por travar o avanço do populismo”, sustentou.
Já Hugo Marques, vereador e candidato à presidência da Câmara de Machico, lembrou que foi a partir deste concelho que o PS se afirmou no contexto regional, aproveitando para recordar o legado de resiliência e de luta do padre Martins Júnior.
O candidato mostrou-se convicto de que será com José Luís Carneiro que o PS voltará a ser o partido da governação em Portugal e assumiu o desafio de manter o PS na governação no concelho de Machico. Realçou o facto de ter uma equipa competente, que saberá “tornar Machico numa terra de soluções” para questões como a habitação, a mobilidade ou a sustentabilidade.