A vereadora do Partido Socialista na Câmara Municipal da Calheta propôs, na reunião camarária de ontem, a criação de um Conselho Municipal da Diáspora, tendo em conta os muitos emigrantes que regressaram à sua terra natal e atendendo à forte ligação que o concelho mantém com os calhetenses espalhados pelos diversos países da emigração.
Como refere Sofia Canha, atualmente a Calheta tem uma população diversificada, uma parte substancial da qual constituída por residentes oriundos da Diáspora portuguesa na Venezuela, África do Sul, ilhas inglesas do Canal, entre outros. Embora haja muitos cidadãos que tenham decidido regressar em idade ativa, grande parte destes residentes são pessoas que vieram passar a sua reforma nas freguesias de origem, sendo que têm todos em comum a memória emocional das suas vivências no país de acolhimento, onde moraram muitos anos e criaram laços. Além disso, a vereadora socialista dá nota do grande número de calhetenses a residir no estrangeiro, mas que não esquecem as suas raízes e passam-nas aos seus descendentes.
Como tal, considera pertinente que a Câmara da Calheta crie um Conselho Municipal da Diáspora, que represente toda a comunidade do concelho espalhada pelo mundo e aquela que regressou, mas quer manter o contacto com a cultura que a acolheu.
Acresce que, como realça Sofia Canha, a Diáspora foi um ativo financeiro muito importante para a Calheta, quando pouca atividade económica havia, pelo que, salienta, reconhecer o seu valor e impacto é contribuir para a integração e aceitação da diversidade cultural que nos oferece.