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“O PS é e será sempre um defensor da Liberdade e da Democracia”

“Evocar o Papa Francisco é evocar Abril. E evocar Abril é mais do que recordar o passado. É olhar para o presente com espírito crítico e com a coragem para fazer cumprir a Revolução”, afirmou o presidente do PS-Madeira, na sessão solene comemorativa do 25 de Abril.
Paulo Cafôfo salientou que todos temos o dever de honrar a memória e o legado de Francisco, fazendo acontecer a transformação que ele preconizou para as nossas vidas.
“O Papa Francisco não foi um homem de Abril, mas julgo não cometer nenhuma heresia se afirmar que partilhava os ideais de Abril”, expressou, acrescentando que aquele marcou o nosso tempo pelo exemplo da tolerância, da inclusão, da transparência, da humildade, da simplicidade e do perdão. “Seremos também capazes de ser exemplo, particularmente nós que temos responsabilidades políticas?”, questionou.
Referindo-se aos graves problemas que a Região enfrenta, o também líder parlamentar socialista disse que Abril não se cumpre quando há tantos madeirenses sem casa digna para viver, tantas pessoas que ficam anos à espera de uma cirurgia, quando a Madeira tem os salários médios mais baixos do país, quando tantos reformados têm de escolher entre as compras de supermercado e os medicamentos, quando os pais não têm capacidade de pagar a creche ou as propinas aos filhos, quando tantos madeirenses são obrigados a emigrar, quando os rendimentos da agricultura significam miséria e quando tantos funcionários públicos com 15 ou 20 anos de serviço recebem praticamente o mesmo daqueles que entram agora na carreira.
“Temos TODOS, TODOS, TODOS – desde os partidos que estão no Governo, aos que estão na oposição, toda a sociedade civil e todos os que fazem parte da nossa comunidade – de tudo fazer para que, apesar dos progressos que assistimos no nosso País ao longo dos últimos 50 anos, não tenhamos, ano após ano, de estar nestas cerimónias a repetir o tanto que falta cumprir. Como também afirmou o Papa Francisco “democracia é resolver juntos os problemas de todos”.

Paulo Cafôfo salientou que é fundamental não só preservar a democracia como a melhorar, mas alertou que o populismo é um entrave a que tal aconteça e um bloqueio à alternância política.
O populismo é a estratégia de quem não tem projeto de futuro e é a base ideológica de vários partidos. Não há democracia saudável onde o populismo governa”, disse o líder do PS-Madeira, denunciando que esta postura não é exclusiva de quem governa, mas também de partidos da oposição que, em vez de contribuírem para uma alternativa construtiva, optam por discursos inflamados, pela mentira fácil e pelo aproveitamento do descontentamento popular sem apresentarem soluções. “Em nome de uma pretensa moralidade e pureza, colocam-se à margem da responsabilidade de provocar uma mudança e de resolver problemas, ajudando a manter o status quo”, criticou.
Paulo Cafôfo mostrou também a sua preocupação com o ceticismo democrático, que classificou como “uma espécie de epidemia”.
Reafirmou ainda o compromisso do PS com a democracia verdadeira, salientando que o Partido “é e será sempre um defensor da liberdade, da democracia e de um bem-estar que chegue a todos”.