O PS-Madeira pergunta ao Governo Regional, nomeadamente à Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil, que plano tem delineado para fazer frente ao possível surgimento de um surto de dengue na Região.
Numa altura em que foi noticiado que o vírus da dengue foi detetado no mosquito aedes aegypti numa armadilha de monitorização localizada no Funchal, Marta Freitas exige respostas por parte do Executivo, tendo em conta que o próprio PS já havia manifestado a sua preocupação em relação a esta matéria, mas a Secretaria da Saúde desvalorizou o problema.
A deputada socialista lembra que, em outubro de 2024, perante as notícias que davam conta do aumento da atividade do mosquito vetor da dengue, o Grupo Parlamentar do PS solicitou esclarecimentos ao secretário da Saúde sobre quais as medidas de saúde pública que estavam a ser tomadas e implementadas, lembrando o exemplo de Cabo Verde, que havia declarado situação de contingência. Ora, recorda a parlamentar, na resposta recebida em novembro, a Secretaria tutelada por Pedro Ramos dava a entender que a situação estava controlada, limitando-se a dar conta das armadilhas de monitorização, do modo como o mosquito se propaga e dando nota que as condições climáticas na Região são favoráveis ao seu desenvolvimento.
Agora, perante as notícias que confirmam o vírus em mosquitos na Região e com especialistas a alertarem para a urgência em eliminar o vírus e o vetor antes de chegar o calor, adiantando mesmo que a Madeira está em contrarrelógio e a arriscar ter novos surtos da doença, caso o problema não seja resolvido até ao verão, Marta Freitas exige respostas e ação por parte do Governo.
“Que plano tem o Governo Regional para lidar com o possível surgimento de surtos de dengue? Ou vai continuar a dizer que está tudo controlado?”, pergunta, alertando para o facto de haver especialistas em saúde pública que têm chamado à atenção quanto à resistência dos mosquitos a inseticidas.
A deputada do PS quer saber que medidas estão preconizadas em caso de surto, nomeadamente se as mesmas contemplam a aquisição de vacinas para o efeito. Até porque, adverte, há pessoas que já contraíram a doença em 2013 e que, agora, correm o risco de a desenvolverem de forma mais grave, em caso de reinfeção. “O Governo equaciona vacinar a população mais suscetível?”, insta Marta Freitas, vincando que esta informação deveria constar num eventual plano de contingência.
Depois de a Secretaria da Saúde ter desvalorizado este problema, perante o alerta deixado pelo PS-M, e de, como tem sido repetidamente verificado, faltarem medicamentos para o tratamento de várias doenças, a deputada socialista espera que haja responsabilidade por parte do Governo e que o mesmo não se verifique em relação à necessidade urgente de prevenir este problema e de adquirir a vacinação e outra medicação necessárias.
De referir ainda que, além dos alertas deixados pelo Grupo Parlamentar, também o Grupo Municipal do PS-Funchal questionou a presidente da Câmara sobre se estava previsto algum reforço orçamental para combate ao mosquito, mas não obteve qualquer resposta.