“É lamentável que tenhamos um Governo Regional que, além de mostrar incompetência e não resolver os problemas da Região, ainda vem para a praça pública pôr em causa aqueles que, efetivamente, querem um novo rumo para a Madeira, com as soluções que as pessoas precisam em matéria de saúde”.
É desta forma que a secretária-geral do PS-Madeira reage às críticas feitas hoje pelo secretário regional da Saúde e Proteção Civil, que, além de recorrer à ironia, voltou a usar o argumento do chumbo do orçamento para justificar os problemas na Saúde.
Para Marta Freitas, Pedro Ramos perdeu a razão e ridiculariza as propostas válidas dos outros partidos para esconder a negligência com que o Governo Regional trata a Saúde, mas também ao dizer que a reprovação do orçamento está na base dos problemas do setor. “O senhor secretário da Saúde que venha a público dizer aos madeirenses porque razão é que, com sucessivos orçamentos aprovados, têm vindo a faltar medicamentos há anos – pelo menos desde 2014 – no hospital. Isto é ou não um problema de governação que mostra opções políticas erradas?”, pergunta a socialista, em tom de desafio, sem esquecer também a falta de pagamento às casas de saúde mental pelos internamentos dos doentes e aos taxistas pelo transporte dos doentes.
Marta Freitas condena o “descaramento” do governante com a tutela da Saúde, sobretudo quando “todos o vemos a desterrar o dinheiro dos madeirenses naquilo que não é prioritário”. “O importante é haver canecas personalizadas e viagens de luxo aos Estados Unidos da América, enquanto amontoam os doentes nos corredores das urgências, muitas vezes sem dignidade e respeito pelos mesmos, e enquanto aqueles a quem o Governo deve dinheiro ficam a escaldar”, dispara.
Fazendo uso das palavras de Pedro Ramos, que apelou aos partidos para que respeitem o desejo dos madeirenses, a secretária-geral do PS retribuiu as críticas. “O Governo Regional, nomeadamente o seu presidente e o secretário da Saúde, não só não respeitaram a vontade dos madeirenses, como ainda lhes viraram costas, não garantindo os cuidados de saúde dignos a que estes têm direito, os quais o Governo tinha obrigação de assegurar”, remata.