O PS-Madeira acusa Miguel Albuquerque de se preparar para travar propositadamente o desenvolvimento da Região com o intuito de retirar dividendos eleitorais e considera que esta é uma postura que os madeirenses não podem mais tolerar.
Depois de, esta manhã, o presidente do Governo ter voltado a ameaçar que as obras do novo hospital vão parar em maio, pelo facto de o orçamento regional para 2025 não ter sido aprovado, Paulo Cafôfo condena a sabotagem à Região e o terrorismo político que Albuquerque continua a fazer sobre os madeirenses e esclarece que as obras não irão parar pelo facto de a Madeira ser gerida em duodécimos.
“As obras só param se o Governo as mandar parar”, assegura o líder socialista, acusando Miguel Albuquerque de mentir e chantagear os madeirenses. “O presidente do Governo já não tem vergonha na cara, nem qualquer problema em prejudicar a Madeira e a população, apenas com o objetivo de garantir a sua sobrevivência política, manter-se agarrado ao poder e continuar a esquivar-se a responder à Justiça”, dispara, acrescentando que quem age desta forma não merece a confiança das pessoas e deve “ser posto na rua de uma vez por todas”.
Paulo Cafôfo clarifica que o chumbo do orçamento regional não implica a paralisação da Região – já que está prevista uma excecionalidade no que diz respeito às questões orçamentais – e, muito menos, de uma obra como a do Hospital, que é de manifesto e claro interesse público. Além disso, frisa, a gestão em duodécimos permite que o Executivo possa utilizar mensalmente todas as verbas que estavam orçamentadas em 2024, até que haja novo orçamento aprovado. “Portanto, as coisas só não avançam se o Governo não quiser”, acrescenta.
“Já basta de ver Miguel Albuquerque a recorrer à política suja e à chantagem barata sobre os madeirenses para se manter no poder, quando está à vista de todos que é precisamente essa sua obsessão doentia que está na base da instabilidade que se vive na Região há já um ano”, sentencia o líder socialista.
O presidente do PS-M lembra que o caos governativo acentuou-se a partir do momento em que foram desencadeados os processos judiciais que levaram à constituição de Miguel Albuquerque e de outros membros do Governo como arguidos por suspeitas de corrupção. Mais, recorda que, na sequência das eleições de maio de 2024, nas quais os madeirenses disseram claramente que não queriam o PSD a governar a Região, foi Albuquerque que foi dar garantias de estabilidade governativa ao Representante da República. “A verdade é que, passados poucos meses, foram os partidos que viabilizaram o seu Governo que lhe puxaram o tapete e não aprovaram o orçamento”, acrescenta, vincando que o fim da instabilidade só será possível com um novo Executivo, liderado pelo PS, o único partido que já mostrou que defende, efetivamente, a mudança na Região.