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Orçamento da CMF mostra incapacidade do PSD em governar a cidade e em melhorar a vida dos funchalenses

A presidente do Grupo do PS na Assembleia Municipal do Funchal lançou, hoje, fortes críticas ao Orçamento da autarquia para 2025, considerando que o mesmo reflete a incapacidade do PSD em governar a cidade e em melhorar a vida dos funchalenses.

Na reunião da Assembleia Municipal, que se prolonga durante todo o dia, Andreia Caetano condenou o facto de este ser um orçamento “banhado pela maior carga fiscal de sempre” e recorde nos números, mas não refletir uma melhoria do dia a dia dos munícipes, demonstrando, pelo contrário, que “o PSD não conseguiu fazer o que andou a prometer e a orçamentar nos anos anteriores”.

Constatando que o Funchal está pior do que em 2021, a socialista acusa o executivo municipal de, agora, querer fazer em oito meses aquilo que foi incapaz de fazer em três anos.

A deputada municipal deu conta dos três anos perdidos numa “total desorientação” de quem gere os destinos da Câmara Municipal do Funchal (CMF), apontando as saídas de vereadores, a detenção do presidente da Câmara e os dirigentes que colocaram os seus lugares à disposição, tudo devido à incapacidade do executivo em liderar equipas e projetos e gerir a cidade.

Andreia Caetano observa que a atual vereação apenas se limitou a terminar aquilo que foi deixado em 2021 pela vereação liderada pelo PS, designadamente o SIGMA, o projeto do antigo Matadouro, o Arquivo Municipal, melhoramentos nas escolas e na ETAR.

A socialista expôs também alguns investimentos repetidamente anunciados, mas nunca concretizados, como sejam as intervenções no Caminho do Jamboto e no nó rodoviário de Santo António, mas também outras promessas por cumprir, como a construção do pavilhão multiusos, as teleconsultas gratuitas, os seguros de saúde, residências para idosos e estacionamentos gratuitos no centro.

Como reafirmou, a cidade está pior agora do que em 2021 e a qualidade de vida dos funchalenses tem vindo a degradar-se. “Aumentaram as vulnerabilidades, o número de pessoas em situação de sem abrigo, a violência doméstica e o número de estudantes a desistirem dos cursos superiores”, constatou, alertando que não basta aumentar o valor dos apoios e que é preciso apoiar quem realmente precisa. “Os programas têm de ser mais abrangentes, não se admite que tomem medidas como a de excluir dos apoios os alunos que frequentam escolas do Funchal porque residem fora do concelho”, acrescentou.

A responsável pelo Grupo Municipal do PS criticou, por outro lado, o aumento dos impostos diretos e “as taxas e taxinhas” num orçamento de 150 milhões de euros, apontando o caso específico dos aumentos na água e taxa de resíduos. “Onde está a resolução dos problemas? Onde estão as tão apregoadas e falsas promessas de que, com o ‘Funchal sempre à Frente’, tudo se iria resolver?”, questionou, acusando o executivo de ter mentido aos funchalenses.

Andreia caetano apontou ainda o dedo aos recordes de receita, contrastantes com a ineficácia na execução do Plano de Investimentos. “Nem um único apartamento concluído! Problemas no trânsito, falta de planeamento da cidade, problemas sociais, vulnerabilidades acentuadas”, foram outros exemplos apontados para provar a incapacidade da autarquia.

“Este ‘Funchal Sempre à Frente’ é um logro. Finalmente, este é o vosso último orçamento” disparou ainda a socialista, sem esquecer a questão do regulamento para minimizar o impacto do ruído, em relação ao qual o executivo não mudou de postura.