O PS-Madeira lançou, hoje, duras críticas ao Governo Regional, a quem acusou de estar a ser responsável pela destruição do Sistema Regional de Saúde.
Em conferência de imprensa realizada junto às instalações do IASAÚDE, a deputada Sancha de Campanella afirmou que “a Saúde na Região Autónoma da Madeira está completamente em colapso, refém da inércia completa dos nossos dirigentes”, os quais “não têm um comportamento de autorresponsabilização”.
A parlamentar socialista apontou o facto de vários governantes estarem sob o crivo da Justiça, dando o exemplo concreto do presidente do IASAÚDE, que está suspenso de funções, e alertando que esta situação não pode ser tratada com ligeireza e normalidade. “Não é normal a Justiça colocar sobre um cidadão a suspensão de funções profissionais, nem a proibição de contactos. Estas medidas de coação são a terceira e a quarta mais gravosas existentes no nosso sistema penal, logo a seguir à prisão preventiva e à prisão domiciliária”, esclareceu.
Sancha de Campanella questionou até quando é que o presidente do IASAÚDE, que não pode dirigir, irá continuar em funções. É que, vincou, se este não tem a confiança judicial, também não merece confiança política.
“Até quando é que o nosso Governo vai continuar com esta gestão completamente inerte?”, perguntou a deputada do PS, elencando vários problemas que enfermam a Saúde na Região, a começar pelas enormes listas de espera (com 45 mil pessoas a aguardar por consulta e 18 mil por cirurgia), passando pelos casos de legionella, pelas altas taxas de infeções hospitalares, por equipamentos obsoletos e que não funcionam (ainda esta semana foi noticiada a avaria de um aparelho de raio X) e pela inoperacionalidade do sistema informático, com médicos há 14 meses sem acesso a exames, o que condiciona os diagnósticos e pode causar graves problemas de saúde pública.
“Quando é que o nosso Governo vai finalmente achar que deve parar com isto e assumir a sua responsabilidade na destruição do nosso Sistema Regional de Saúde?”, concluiu, em tom interrogativo.