O PS-Madeira defendeu, hoje, a necessidade de uma maior aposta na prevenção das toxicodependências na Região, atacando a raiz e as causas do problema, e apontou também a importância de esta ação ser complementada com a criação de uma Comunidade Terapêutica.
A posição foi assumida pela deputada do PS-M à Assembleia da República, Sofia Canha, no âmbito de uma reunião com a presidente da Associação ‘Regressar a Si’, na qual participou igualmente a deputada ao parlamento regional Isabel Garcês.
Após o encontro, Sofia Canha enalteceu o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Associação, focado na prevenção e redução dos consumos, tendo em conta os impactos desta problemática na sociedade e, particularmente, na saúde mental dos próprios consumidores. “É importante saber que há este nível de compromisso com a prevenção, com a intervenção na sociedade, em particular junto de uma camada da população mais jovem que pode cair nestes comportamentos”, afirmou.
A socialista referiu que é importante conhecer as causas do problema e o que leva os consumidores a procurar estas substâncias, considerando que é preciso mudar o discurso público e a narrativa política, atribuindo maior enfoque à ação preventiva. “Não é a vertente punitiva do consumo que vai resolver e atacar o problema na sua raiz. É com a prevenção, numa perspetiva mais aberta e disruptiva daquilo que tem sido a abordagem feita pela Região até aqui”, frisou.
Por outro lado, e a par da vertente preventiva, Sofia Canha apontou a importância da anunciada criação da Comunidade Terapêutica para o tratamento da toxicodependência, passo que, afirmou, não deve ser encarado como um ato isolado, mas como um ato coordenado, numa estratégia regional e numa visão mais global.
Refira-se que, em julho de 2023 a então ministra da Justiça, Catarina Sarmento, expressou a disponibilidade do Governo da República de passar para a esfera regional, mediante protocolo, a gestão do antigo Centro Educativo do Santo da Serra para a instalação de uma Comunidade Terapêutica.
Entretanto, e depois da mudança de Governo na República, em julho passado, os deputados eleitos pelo PS-Madeira à Assembleia da República endereçaram uma questão à atual ministra da Justiça, no sentido de saber em que ponto da situação está o processo, mas ainda não receberam qualquer resposta. Ainda assim, a presidente da Associação ‘Regressar a Si’ deu conta que essa intenção continua válida.