O PS-Madeira defende que seja implementado na Região um Plano Integrado de Gestão de Fluxos Turísticos, que envolva todos os agentes do turismo, de modo a encontrar e pôr em prática soluções para os problemas de desorganização e excesso de carga humana que se verificam em alguns pontos, como por exemplo no Pico do Areeiro.
A proposta foi adiantada por Paulo Cafôfo, esta tarde, durante uma visita à Semana Gastronómica de Machico, evento que, como referiu, junta o que de melhor a Madeira tem – a gastronomia e o seu povo – acabando também por atrair muitos turistas.
O líder socialista referiu-se aos números recorde que têm sido alcançados no setor do turismo, com resultados muito positivos para a Região, e aproveitou para esclarecer que “não temos turistas a mais”, mas sim “problemas a mais”, que estão relacionados com a “falta de planeamento e de organização”. Exemplos disso são a sobrecarga que se verifica em vários percursos pedestres, bem como as dificuldades de acesso ao Pico do Areeiro, que representam apenas “a ponta de um problema de gestão de fluxo”.
Paulo Cafôfo entende, por isso, que deve ser criado um Plano Integrado de Gestão de Fluxos Turísticos, envolvendo os agentes de viagem e os agentes da animação turística, que são conhecedores do problema, para encontrar as melhores soluções. “Não podemos estar com soluções ‘ad hoc’ e não integradas”, disse, reportando-se também ao anunciado ‘shutle’ de ligação ao Pico do Areeiro, em relação ao qual já foram levantadas dúvidas.
Salientando a importância de garantir a segurança das pessoas e de preservar os espaços naturais, o presidente do PS-M defende que este plano integrado tem em vista, entre outros aspetos, monitorizar a carga humana em determinados percursos e definir limites para essa mesma carga, utilizando os meios tecnológicos para esse efeito, mas também criar nova sinalética, limitar o acesso a determinados locais e criar outros acessos. “Nós temos muitos mais espaços do que aqueles pontos de interesse que habitualmente estão nos guias turísticos. É preciso é saber geri-los, divulgá-los, promovê-los e assegurar que têm as condições de segurança, porque não podemos pôr em causa a qualidade do nosso turismo”, sustentou.
Verificação rigorosa dos resultados
das eleições na Venezuela
Na ocasião, Paulo Cafôfo aproveitou para voltar a manifestar a sua solidariedade para com as comunidades madeirenses e lusodescendentes radicadas na Venezuela, num momento em que aquele país atravessa grandes convulsões sociais na decorrência das eleições do passado domingo.
“Depois do ato eleitoral na Venezuela, aquilo que se exige é que a democracia funcione e que haja, perante a suspeita de fraude, uma verificação rigorosa e transparente das atas e do ato eleitoral”, expressou o líder dos socialistas madeirenses. Como referiu, o regime liderado por Nicolás Maduro “é um regime que se diz socialista, mas que é comunista e não salvaguarda a liberdade das pessoas e os direitos humanos”, ao contrário do PS da Madeira, que segue o socialismo democrático e luta pela democracia, pelos direitos das pessoas e pela justiça social.
Cafôfo considera importante que pudesse haver uma mudança de regime, para que a Venezuela possa dar um passo em frente, e, para tal, reforça ser fundamental a verificação do ato eleitoral por parte dos observadores e da comunidade internacional, respeitando a soberania do país e, acima de tudo, a democracia.