O candidato do PS-Madeira à presidência do Governo Regional assumiu, hoje, o compromisso de reduzir as listas de espera e melhorar o acesso à Saúde na Região e alertou as pessoas para não caírem no eleitoralismo do PSD.
Esta tarde, os socialistas estiveram em campanha no Porto Moniz, tendo Paulo Cafôfo enaltecido o trabalho social que tem vindo a ser desenvolvido pela autarquia e aproveitado para abordar a questão da reabertura do serviço de urgência local no período noturno. “Durante vários anos, tivemos aqui um concelho que precisa de incentivos para atrair e fixar pessoas e aquilo que este Governo fez foi fechar as urgências. Agora, a pouco menos de um mês das eleições, reabriu as urgências 24 horas por dia numa medida eleitoralista”, denunciou o líder do PS-Madeira, advertindo as pessoas para “não caírem neste eleitoralismo”, porque ninguém garante que se o PSD ganhasse as eleições – o que acredita que não irá acontecer – não voltaria a encerrar o serviço. “Isto é muito importante em termos de segurança das pessoas, porque estamos a falar de uma população muito envelhecida, para a qual são essenciais estes cuidados de saúde de proximidade”, frisou.
Paulo Cafôfo recordou também que, em 2015, Miguel Albuquerque prometeu resolver o problema das listas de espera na Saúde, mas não só não o fez, como essas listas praticamente duplicaram, atribuindo as responsabilidades por esta situação ao PSD, porque foi o único partido que governou a Região.
Por isso, o candidato do PS assume como compromisso a redução das listas de espera e a garantia do acesso à saúde. “Queremos que as 45 mil pessoas que estão à espera de uma consulta e as 18 mil que estão à espera de uma cirurgia tenham uma resposta, porque com a saúde dos madeirenses não se pode brincar, nem a saúde dos madeirenses pode ficar em lista de espera”, afirmou, aditando o facto de o tempo de espera para uma cirurgia na Região ser de 36 meses, quando no continente é de três meses. Paulo Cafôfo preconiza a implementação de tempos máximos de resposta garantidos para cada situação clínica, esgotando a capacidade do Serviço Regional de Saúde e, uma vez esgotada essa capacidade, então complementar o acesso à saúde no privado, a expensas do Governo Regional.
Outro dos temas abordados foi o das dificuldades no acesso à habitação. Paulo Cafôfo disse que, com um Governo do PS, será criada uma garantia pública da Região para o financiamento a 100% do crédito à compra da primeira habitação, para pessoas até aos 40 anos, sem que, assim, tenham de dar a entrada inicial. É também objetivo dos socialistas aumentar os apoios ao arrendamento e a construção de mais habitações a custos controlados, e não como agora se vê, com o atual Executivo a pôr casas no mercado quase ao preço que estão nas imobiliárias.
Cafôfo reafirmou também que o único voto que pode fazer a diferença e fazer acontecer a mudança na Madeira é o voto no PS. “Muito recentemente, assistimos ao líder do Chega aqui na Região dizer que não tem portas fechadas para o PSD. Já vimos também Miguel Albuquerque dizer que não há linhas vermelhas com o Chega nem com nenhum outro partido, porque o que quer, efetivamente, é agarrar-se ao poder”, referiu, denunciando este “claro entendimento pré-eleitoral” e alargando também o alerta a partidos como o CDS, o PAN e a Iniciativa Liberal. “Estes partidos, no dia das eleições, se for necessário darem a mão a Miguel Albuquerque, vão fazê-lo. Depositar um voto nesses partidos é estar a dar um voto a Miguel Albuquerque para que continue tudo na mesma”, reforçou, vincando que só o PS pode virar a página na Região e na vida das pessoas.