O candidato do PS-Madeira denuncia aquele que é o entendimento pré-eleitoral já visível entre o PSD, o CDS e o Chega para, se for preciso, manter Albuquerque e o PSD no Governo.
Esta manhã, à margem de uma iniciativa de campanha junto à Universidade da Madeira, Paulo Cafôfo afirmou que, se os madeirenses querem um novo Governo e uma mudança de políticas e de prioridades, a única escolha que existe é o PS. O socialista referiu-se ao debate promovido ontem na RTP-Madeira e disse ter ficado claro que já há um “entendimento pré-eleitoral” para, se for necessário na noite das eleições, o CDS e o Chega se juntarem a Miguel Albuquerque. Por isso, esclareceu: “Votar no Chega, no CDS, mas também noutros partidos que não estiveram no debate, como o PAN e a Iniciativa Liberal, é votar Miguel Albuquerque e perpetuar este governo do PSD”.
Paulo Cafôfo fez notar que no debate não houve ataques por parte do CDS nem do Chega a Miguel Albuquerque. “Vi ataques de Miguel Albuquerque, de José Manuel Rodrigues e de Miguel Castro a mim. Notou-se bem o entendimento e a articulação entre aqueles três líderes partidários contra a minha pessoa e o PS”, alertou, frisando que ficou visível que estão disponíveis para fazer um acordo, se a soma dos votos assim o permitir. Por isso, apelou a que os madeirenses deem o seu voto ao PS “para conseguirmos, depois de 48 anos, ser a esperança desta Região e iniciarmos um tempo novo”.
Na iniciativa, Paulo Cafôfo apontou a Educação como uma prioridade, por se tratar de um setor estratégico para o desenvolvimento da Região. Nesse sentido, assumiu o compromisso de, se o PS for Governo, acabar com as propinas para os estudantes madeirenses que frequentam o ensino superior (sendo esse custo assumido pelo Executivo) e garantir a gratuitidade das creches para todas as crianças da Região. Como explicou, estas medidas representarão um apoio às famílias, mas também uma aposta na qualificação dos madeirenses.
O candidato do PS deu conta que o fim das propinas representa um custo de quatro milhões de euros e que a gratuitidade das creches custa 3,2 milhões de euros por ano, valores perfeitamente comportáveis para o Orçamento Regional, já que, como disse, o atual Governo Regional tem estado com as prioridades erradas, lembrando os 33 milhões de euros que são gastos por ano em tachos e os 900 milhões de euros gastos em obras inúteis.