O candidato do PS-Madeira às eleições legislativas regionais denunciou, hoje, aquilo que considera ser o oportunismo e o eleitoralismo do PSD e do Governo Regional ao reabrir as urgências de Santana e Porto Moniz à noite em vésperas das eleições, alertando a população para a possibilidade de esta ser apenas uma reabertura provisória.
Paulo Cafôfo, que esta manhã visitou o Centro de Saúde de Santana, lembrou que estas urgências estiverem encerradas no período noturno durante 12 anos e que a sua reabertura representa uma vitória do PS e das pessoas, que ao longo dos anos sempre lutaram juntos pela reposição destes serviços.
“Houve aqui, claramente, um oportunismo por parte do Governo, diria mesmo um eleitoralismo, porque foi dito por Miguel Albuquerque que a abertura das urgências à noite era um dispêndio inútil de dinheiro”, denunciou o líder socialista, acrescentando que “o objetivo do Governo do PSD nunca foi ajudar as pessoas, mas usá-las”. “Antes era um dispêndio inútil de dinheiro, mas agora, nas vésperas das eleições, já não é. Se calhar pensou que seria um dispêndio inútil de votos”, aditou.
Paulo Cafôfo considerou que isto é “gozar com as pessoas” e deixou um alerta: “É importante que se questione se esta será uma reabertura provisória, porque o PSD já fechou estas urgências no passado e é importante que as pessoas pensem bem que poderão novamente ser fechadas”.
Na ocasião, o candidato do PS à presidência do Governo Regional abordou também o compromisso do partido de reduzir as listas de espera na Saúde, que têm vindo a aumentar. “Miguel Albuquerque teve o mérito de duplicar durante o seu mandato as listas de espera”, observou, dando conta que existem 18 mil pessoas à espera de uma cirurgia e 45 mil pessoas a aguardar por uma consulta, sendo que só quem tem dinheiro é que tem saúde, pois pode recorrer ao privado.
O líder dos socialistas salienta que não podemos deixar que esta situação se agrave, garantindo que com o PS serão implementados tempos máximos de resposta garantidos. “Para cada situação clínica há um tempo máximo em que os cuidados têm de ser assegurados em primeiro lugar pelo Serviço Regional de Saúde, garantindo que há objetivos delineados, que há um aumento de produtividade com incentivos aos profissionais, e, só depois de esgotada a capacidade do Serviço Regional de Saúde, aí sim, ser garantido o complemento com os privados, mas pago pelo Governo Regional”, explicou.
A um outro nível, instado pelos jornalistas, Paulo Cafôfo garantiu que o PS tem um “sentido proibido” em relação ao Chega e é a única alternativa ao PSD, alertando que votar noutros partidos, como o CDS, o PAN, o Chega e a Iniciativa Liberal, é garantir a continuidade do PSD e de Miguel Albuquerque, já que, no dia a seguir às eleições, vão se juntar ao PSD.
“Se as pessoas querem uma mudança e um virar de página, esse virar de página só pode ser com o PS, até porque a dispersão de votos será sinal de ingovernabilidade”, disse ainda Paulo Cafôfo, frisando que Miguel Albuquerque é o “epicentro da instabilidade na Região”.