Paulo Cafôfo reafirmou, hoje, o compromisso de valorizar a agricultura regional, em particular as culturas típicas, assegurando que, com um Governo Regional do PS, será negociado um preço mínimo justo a pagar aos produtores de cana-de-açúcar, acrescido de valores que ajudem a incentivar o manter este subsetor.
A garantia foi deixada no âmbito de uma visita que a candidatura socialista às eleições legislativas regionais efetuou à Fábrica de Mel-de-cana do Ribeiro Sêco, tendo o candidato a presidente do Governo dado conta que o Partido tem uma estratégia que passa por uma aposta séria e sustentada para o setor.
O presidente do PS-M sublinhou que, com o PS, o aumento dos rendimentos dos produtores será uma medida permanente, ao contrário do que faz o atual Executivo, que aplicou um apoio extraordinário de 10 cêntimos apenas por ser ano de eleições.
Como referiu, aquilo a que o PS se propõe é um verdadeiro virar de página que assuma a atividade agrícola e as culturas tradicionais madeirenses pela importância que elas têm para a Região, não só em termos económicos, mas também pela componente social, pela paisagem, pela cultura, pelo ambiente, pela segurança da população e pela resiliência do território. “Os agricultores devem ser reconhecidos e valorizados por todos estes serviços públicos”, evidenciou.
Por isso, frisou que, sendo o PS Governo, será estabelecido um preço mínimo a pagar aos produtores de cana-de-açúcar, negociado com todos os intervenientes no setor, apurado de acordo com diversos fatores, que incluem os custos de produção e que ajudarão a assegurar um preço justo pelo trabalho dos agricultores, acrescido de valores que ajudem a alcançar os objetivos que se pretendem para o setor. Como referiu, é sobretudo neste campo que a atual política agrícola regional está a falhar redondamente, já que “não existe uma estratégia, não existem metas, não existem indicadores, não se sabe o que os partidos que estão no poder querem para a agricultura Regional e em particular o que querem para a cultura da cana-de-açúcar”.
“É preciso pagar devidamente pelo preço da cana-de-açúcar, para que os agricultores não desistam, regressem e voltem a desistir, como tem acontecido nos últimos anos, devido à ausência de uma estratégia oficial regional para a cultura”, declarou Paulo Cafôfo, defendendo que, ao valor base do preço a pagar ao produtor, sejam acrescentados valores pagos pelas diferentes entidades com interesse direto no crescimento do setor e expansão da área de cultivo.
O candidato socialista preconiza igualmente a existência de prémios a pagar pela qualidade da cana sacarina, seja pelo modo como é produzida, seja pelo grau de açúcar. “O PS pondera diferentes valores a pagar pela cana, de acordo com as práticas ambientais desenvolvidas pelos agricultores ou pela localização das explorações, intervindo assim diretamente na sustentabilidade e na descarbonização da atividade e no ordenamento do território”, disse, assumindo, inclusivamente, que possa haver preços diferentes para o fim a que se destina a cana-de-açúcar, de acordo com o produto final que se quer estimular, seja rum, mel ou outro produto que possa vir a ser considerado estratégico para diversificar a produção regional ou para promover a Região no exterior.
Paulo Cafôfo aproveitou ainda para defender a importância de incentivar cada vez mais o modo de produção biológico e de diversificação do produto pela qualidade e, neste sentido, fez questão de enaltecer o trabalho desenvolvido pela Fábrica de Mel do Ribeiro Sêco, evidenciando a certificação do mel de cana de açúcar biológico e salientando o pioneirismo e a promoção de boas práticas ambientais.