A defesa do setor primário é uma das bandeiras do Partido Socialista, que advoga a valorização dos produtos regionais e o aumento dos rendimentos dos agricultores madeirenses, atualmente os mais baixos do País.
Este domingo, numa visita à Feira Regional da Cana-de-açúcar, que decorre na freguesia dos Canhas, na Ponta do Sol, o presidente do PS-Madeira contactou com muitos produtores que lhe transmitiram as crescentes dificuldades em manter esta atividade, tendo garantido que, com um Governo do PS, haverá um aumento do valor pago por quilo de cana.
“É fundamental dignificar a vida de quem trabalha a terra e, com o seu esforço, contribui para a manutenção desta cultura típica da Região, que está na origem de produtos tão nossos como o rum e o mel de cana”, disse Paulo Cafôfo, vincando a necessidade de aumentar os rendimentos dos produtores.
O líder socialista e candidato à presidência do Governo Regional lembra que, dos atuais 50 cêntimos que os produtores recebem por quilo de cana, 21 cêntimos são provenientes da União Europeia, 19 são pagos pelos engenhos e 10 cêntimos são atribuídos pelo Executivo.
Paulo Cafôfo entende que este não é o valor justo para pagar a quem trabalha e evitar a morte do setor, já que, além da penosidade desta atividade e das despesas com a mão-de-obra, os produtores têm de lidar com custos de produção cada vez mais altos. “Isto exige uma atenção permanente”, declarou o presidente do PS-M, assegurando que, se o partido vencer as eleições de 26 de maio, será estabelecido um preço mínimo a pagar pela cana mais elevado e os produtores verão os seus rendimentos crescerem de forma contínua e não apenas quando há eleições, como faz atualmente o Governo do PSD.
Paulo Cafôfo recorda que, ainda em janeiro último, o Executivo, pela voz da secretária regional da Agricultura, destacou o acordo alcançado para o pagamento de 40 cêntimos por quilo de cana, e só depois, numa postura meramente eleitoralista, veio anunciar o aumento de 10 cêntimos, mas a título extraordinário. O líder socialista entende que os produtores têm de ver o seu trabalho reconhecido permanentemente e não apenas em ano de eleições. Como exemplifica, se atendermos às quantidades de cana necessárias para produzir cada litro de rum, às ajudas da União Europeia através do POSEI, às verbas atribuídas pelo Governo e ao aumento que tem vindo a verificar-se nos preços da venda do rum, poderia ser fixado um valor mínimo a pagar aos produtores.
O presidente do PS-M sublinha que estamos a falar de uma cultura típica que, além de ser fundamental para a economia familiar, é determinante para a manutenção da paisagem e para a promoção da Região, pelo que deve ser devidamente valorizada e reconhecida. O mesmo acontece em relação à produção de banana e de uva, considerou ainda.