O cabeça de lista do PS-Madeira às eleições legislativas nacionais de 10 de março defendeu, hoje, a necessidade de valorizar o setor das Pescas, apoiando aqueles que se dedicam a esta atividade e apostando na renovação da frota pesqueira.
Paulo Cafôfo, que esta tarde esteve em Câmara de Lobos, onde contactou com vários pescadores, criticou a inércia do Governo Regional nesta matéria, acusando o Executivo de ter perdido oportunidades que seriam importantes para ajudar a preservar e a dar sustentabilidade a esta atividade tradicional da Região.
O também presidente do PS-M apontou como exemplo o facto de a frota de pesca do peixe-espada preto ser composta por embarcações já com muitos anos e que atualmente não oferecem as adequadas condições de segurança e de operacionalidade, considerando que o Executivo desvalorizou esta problemática e não desenvolveu os esforços necessários para a sua renovação.
Como salientou Paulo Cafôfo, graças ao Plano de Recuperação e Resiliência, negociado pelo Governo da República, a Madeira recebeu muitos milhões de euros que, em parte, poderiam ter sido direcionados para a garantia da renovação da frota e para apoiar o setor. Contudo, constatou que o Governo Regional assim não entendeu, preferindo destinar essas verbas a investimento público, ao contrário do que fez o Executivo açoriano, que optou por alocar uma parte das verbas para o cluster do mar.
Do mesmo modo, e como o PS tem vindo a dar conta, o candidato socialista lamentou o facto de o Executivo madeirense não ter aprovado uma estratégia para o mar junto das instâncias europeias que permitisse termos verbas comunitárias para a renovação da frota.
Paulo Cafôfo lembrou ainda o facto de só o ano passado – ano de eleições regionais – o Governo ter decidido anunciar uma verba de apenas um milhão de euros por ano no Orçamento Regional, valor manifestamente insuficiente para garantir a renovação da frota. Questionou, a propósito, que consequências irá ter para este setor o facto de a maioria PSD/CDS/PAN ter impedido a aprovação do Orçamento Regional para 2024, na sequência da crise política que se vive na Região.
“Temos um mar de oportunidades à nossa volta e aquilo que vemos é um Governo Regional que deixa esta área estratégica para trás”, condenou o candidato socialista às eleições para a Assembleia da República.