A candidatura do PS-Madeira às eleições legislativas nacionais de 10 de março defende a revisão da Constituição e que, nesse âmbito, seja extinto o cargo de Representante da República e as suas competências transitem para o Presidente da República.
Esta manhã, em ações de contacto com a população nas freguesias de Santo António e do Caniço, Paulo Cafôfo defendeu o aprofundamento da Autonomia e a revisão constitucional, considerando que o cargo de Representante da República “não faz sentido nos dias de hoje”.
O cabeça de lista socialista afirmou o PS como um partido fundador da Autonomia e que tem estado sempre na dianteira no que se refere à sua evolução e aprofundamento, e aproveitou para lançar críticas ao PSD, que, “de uma forma humilhante, quer que o Representante da República seja substituído por um mandatário”.
“Os madeirenses não precisam de mandatários. Nós somos senhores do nosso destino e não nos vergamos nem aceitamos que uma Região Autónoma tenha um mandatário”, assegurou Paulo Cafôfo.
O candidato e presidente dos socialistas madeirenses considerou, aliás, que a extinção da figura do Representante da República faz ainda mais sentido no atual contexto de crise política que se vive na Região, já que, apesar de o Representante ter tomado a decisão de não nomear um novo Governo, a decisão de dissolver a Assembleia Legislativa pertence ao Presidente da República. Deixando reparos à “confusão” existente com a divisão de competências, Paulo Cafôfo frisou que os poderes deviam estar centralizados no Presidente da República, algo pelo qual os socialistas prometem lutar no Parlamento nacional.