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PS defende uso da Autonomia para baixar impostos

O cabeça de lista do PS-Madeira às eleições para a Assembleia da República defendeu, hoje, o aprofundamento da Autonomia com resultados práticos no quotidiano dos madeirenses, advogando o uso de todo o potencial autonómico para baixar os impostos sobre as famílias.

Numa ação de pré-campanha esta tarde na zona da Ajuda, freguesia de São Martinho, Paulo Cafôfo disse que o Governo Regional do PSD/CDS não é autonomista por convicção, mas “por conveniência”. “Falam muito de Autonomia e até falam no seu aprofundamento, mas não a usam na sua plenitude”, reparou o candidato socialista, dando como exemplo a questão dos impostos.

O também presidente do PS-M explicou que a Região tem a possibilidade de aplicar o diferencial fiscal de 30% em relação ao continente, fazendo com que os madeirenses paguem menos impostos, mas deu conta que o Governo Regional “não usa esse atributo da Autonomia para beneficiar os madeirenses”. Algo que seria fundamental, tendo em conta o facto de a Madeira ter uma das mais altas taxas de risco de pobreza e exclusão social, de os madeirenses terem os salários médios mais baixos do País e de a habitação estar a atingir preços exorbitantes.

Paulo Cafôfo defendeu que se possa usar a Autonomia para baixar os impostos em 30% e apontou, por exemplo, que na próxima semana os combustíveis vão voltar a aumentar na Região, sendo que se houvesse a redução do IVA isso também teria efeito nos preços dos combustíveis, que oneram bastante os orçamentos familiares.

Da mesma forma, criticou o Governo Regional por não aplicar o diferencial de 30% em cinco dos nove escalões de IRS, como o PS tem vindo a defender. “Nós queremos uma Autonomia que não sirva alguns interesses, mas que sirva todos os madeirenses, nomeadamente para este diminuir da carga fiscal, que é muito importante para haver uma folga que neste momento não existe para as famílias madeirenses no final do mês”, sustentou o candidato socialista à Assembleia da República.

Crise política só terá fim

com eleições antecipadas

A um outro nível, instado pelos jornalistas a propósito do momento político que se vive na Região, Paulo Cafôfo disse que esta crise política foi provocada pelo PSD, fazendo notar que ainda estamos no início de um processo judicial no qual o presidente do Governo é arguido por suspeitas de corrupção.

O líder socialista criticou o facto de Miguel Albuquerque ter prometido que ia solicitar o levantamento da sua imunidade, mas continuar sem o fazer. “Está a refugiar-se na sua qualidade de presidente do Governo, que não quer largar, precisamente para ter a proteção que a imunidade lhe dá”, declarou.

Cafôfo disse esperar que esta situação tenha reflexo nas urnas e que os madeirenses, já nestas eleições nacionais, votem no PS, o único partido com uma solução governativa e capaz de defender a Madeira.

Para o presidente do PS-M, “a única forma de acabar com esta crise política” é a dissolução da Assembleia Legislativa Regional e a realização de eleições antecipadas. “O único fim para esta crise política é o voto no PS”, rematou.