Miguel Brito, vereador na Câmara Municipal do Porto Santo, destacou a matriz social do Partido Socialista. O autarca disse que o PSD está esgotado e afirmou que “se há um partido na Madeira que tem capital político e pessoas capazes de governar a Região, é o PS”.
No painel sobre “A Autonomia e o Poder Autárquico”, no âmbito do Encontro de Autarcas do PS, que decorreu em Machico, Miguel Brito adiantou que a Autonomia é completamente “enxovalhada” no Porto Santo e considerou que nos 12 anos em que o PSD governou a autarquia da ilha dourada houve um retrocesso, com um desinvestimento na habitação, na educação e na saúde. “O PSD não governa para as pessoas”, sustentou.
Já Madalena Nunes, deputada municipal do Funchal, apontou que a autonomia tem um potencial enorme para gerir a qualidade de vida dos munícipes. No entanto, constatou que o poder regional é “altamente centralizador e castrador. “É preciso muita coragem para o enfrentar, mas sem o enfrentarmos não há democracia, nem autonomia”, disse.
A socialista, que foi vereadora na gestão camarária do PS, lembrou a oposição que então era feita pelo PSD, “sem pejo nenhum em prejudicar a população”. “Nunca se preocuparam que a Câmara tivesse orçamentos chumbados e tivesse de ser gerida em duodécimos”, criticou.
Por seu turno, Alberto Olim, presidente da Junta de Freguesia de Machico, acusou o Governo Regional de pôr de parte as juntas de freguesia de cor diferente, exemplificando que por vezes o Executivo vem a Machico e não convida as juntas para estarem presentes nesses atos públicos. O autarca socialista lamentou o facto de o Governo não celebrar quaisquer contratos-programa com as juntas de freguesia, órgãos democraticamente eleitos, optando, ao invés, por financiar as casas do povo.
Já Jacinto Serrão, vereador na Câmara Municipal de Câmara Lobos, atacou a “política centralizadora, tentacular e instrumentalizadora do Governo Regional”, acusando o Executivo madeirense de não respeitar a democracia nem promover a qualidade da mesma.
Assegurou que, com Paulo Cafôfo na presidência do Governo Regional, os princípios democráticos serão cumpridos.