Sérgio Gonçalves assegurou hoje que o PS é quem tem as soluções para os problemas dos madeirenses, ao contrário do PSD, que apenas finge governar em vésperas de eleições e que incute o clima de medo para condicionar o voto das pessoas.
Num jantar-comício que juntou mais de 100 militantes e simpatizantes na Ponta do Sol, o cabeça de lista do PS às eleições regionais do próximo domingo condenou a postura eleitoralista do Executivo, dando como exemplo o anúncio feito hoje de que será pago o subsídio Covid aos profissionais de saúde. “A pandemia foi em 2020 e 2021, estamos em setembro de 2023 e o subsídio será pago na sexta-feira, que é o último dia de campanha, uma vez mais para enganar as pessoas com os truques habituais deste Governo Regional e deste PSD”, denunciou, vincando que o PS tem as soluções para os problemas, ao contrário daqueles que “fingem governar apenas em vésperas de eleições”.
O candidato socialista foi mais longe na crítica às equipas de campanha do PSD e do CDS por, no porta a porta, tentarem “enganar os mais velhos, dizendo que se tivermos um governo do PS não irão receber as suas reformas”. “Isto é uma vergonha, é inaceitável e nós não deixaremos essa mentira passar”, disparou.
Do mesmo modo, condenou o facto de estarem a ligar para membros das comunidades falando em castelhano, apelando ao voto no PSD e dizendo mal do PS. “Tudo vale para o PSD. Tudo vale para o Governo Regional, mas nós temos a coragem, a determinação de o denunciar, de o combater e de dizer a verdade às pessoas”, afirmou.
Outro exemplo foi a denúncia dos bombeiros da Ribeira Brava da tentativa de suborno por parte do Governo Regional, para participarem numa ação de propaganda do secretário regional da Saúde e Proteção Civil. Como referiu, isto revela duas coisas: a vontade crescente de mudança que se sente nas ruas e que os madeirenses já não têm medo.
Perante os aplausos da plateia, Sérgio Gonçalves aproveitou para apontar algumas das prioridades do futuro Governo Regional por si liderado, a começar pela valorização dos salários e dos rendimentos. Neste campo, assegurou que irá baixar o IRS em todos os escalões – porque não podemos aceitar que os madeirenses paguem mais do que os açorianos em cinco dos nove escalões – e irá reduzir o IVA de 22% para 16%, medida que, ao fim de um ano, representará um mês de poupança nas despesas das pessoas. “Ao contrário do que diz Miguel Albuquerque e o PSD, ao baixarmos impostos o dinheiro não sai da Madeira, deixa é de ir para os cofres do Governo Regional, que arrecada recordes de receita fiscal, e fica no bolso dos madeirenses que tanto precisam.
O líder e candidato do PS quer também valorizar a Administração Pública, repondo o subsídio de insularidade de 2% para todos os funcionários públicos, compromete-se a aumentar o complemento regional para idosos para 100 euros mensais e a implementar a gratuitidade da escolaridade obrigatória.
A outro nível, lembrando as mais de 5 mil famílias com carências habitacionais, os jovens que não conseguem comprar ou arrendar casa e a classe média estrangulada pelo aumento dos juros dos créditos à habitação, Sérgio Gonçalves adiantou que a prioridade do PS em termos de betão “será sempre, sempre para a habitação e nunca para prolongar a Pontinha”. A propósito, condenou o facto de Miguel Albuquerque ter dito com grande satisfação que nunca se venderam terrenos a preços tão altos e construíram tantas casas para residentes estrangeiros. “Aquilo que nós precisamos é de casas para os madeirenses e de dar condições às pessoas que aqui vivem”, frisou.
Encontrando-se na Ponta do Sol, aproveitou para assegurar que o Governo do PS irá valorizar os rendimentos dos agricultores, implementando as compras públicas ecológicas e adquirindo produtos regionais para as cantinas, escolas e hospitais. Denunciou o facto de os bananicultores estarem sujeitos a um monopólio que paga mal pela banana e adiantou que, com o Governo do PS, haverá um aumento de 25 cêntimos por quilo de banana pago ao produtor.
Sérgio Gonçalves deixou ainda o apelo para que, no dia 24, os madeirenses votem no PS e façam a escolha que a Ponta do Sol já fez, porque onde o PS governa as pessoas vivem melhor.
Por seu lado, Célia Pessegueiro lembrou que a Ponta do Sol experimentou a mudança em 2017, reconfirmou-a em 2021 e agora quer ajudar a fazer a mudança na Madeira. A mandatária da candidatura deu conta que, em 2017, na última semana de campanha, houve sondagens que davam uma diferença de 20% para o PS relativamente ao PSD na Ponta do Sol e, no dia das eleições, o PS acabou por ganhar. Manifestou, por isso, a certeza e o desejo da população de que a mudança aconteça na Madeira. Já Carlos Coelho aproveitou para denunciar o facto de o Governo Regional ter virado as costas ao concelho da Ponta do Sol ao longo dos anos e vir, agora, propagandear obras. O candidato a deputado deu exemplos do esbanjamento do Executivo em obras inúteis e apelou ao voto no PS para concretizar a alternância governativa.