À beira da celebração dos 50 anos da conquista da Autonomia regional, o PS-Madeira considera inadmissível que os sucessivos governos do PSD não tenham sido capazes de resolver os problemas da habitação na Madeira.
Sérgio Gonçalves, candidato socialista à presidência do Governo Regional, não aceita que muitas famílias madeirenses continuem a viver em condições precárias e que, quer os jovens, quer a classe média, estejam impedidos de adquirir ou arrendar casa, devido aos baixos rendimentos e aos preços proibitivos do mercado imobiliário.
Assegura, por isso, que a melhoria do acesso à habitação, através da celebração de contratos-programa com todas as autarquias (independentemente da sua cor política) para a construção de mais casas a preços controlados e os apoios efetivos para a recuperação de habitações serão uma prioridade do futuro Governo Regional do PS.
Esta tarde, à margem de uma iniciativa de contacto com a população em Santa Cruz (o segundo concelho mais populoso da Região), no âmbito da pré-campanha para as eleições de 24 de setembro, o líder dos socialistas afirmou que a extensa lista de famílias carenciadas que esperam por apoios habitacionais é a prova de que os governos do PSD falharam. Apontou também o dedo às políticas promotoras da precariedade laboral e dos baixos rendimentos que têm sido seguidas e que fazem da Madeira a região com os rendimentos médios mais baixos do país, apartando os madeirenses do acesso à habitação, cujos preços, como se sabe, têm vindo a subir de forma galopante.
“É inconcebível que, para poder comprar casa na Madeira, seja necessário ter um salário de 3.500 euros”, alertou Sérgio Gonçalves, aproveitando para tecer críticas ao Governo Regional de Miguel Albuquerque, que opta por “privilegiar o imobiliário de luxo e quer afundar 150 milhões de euros no prolongamento do molhe da Pontinha”, ao invés de garantir o acesso a casa digna para todos os madeirenses. “A habitação nunca foi uma prioridade para este Governo Regional e, agora, mesmo com as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, só serão resolvidas 30% das carências existentes”, reparou ainda.
Conforme afiançou, esta constitui uma das grandes preocupações do PS-Madeira e será uma das bandeiras do programa que o partido irá apresentar ao sufrágio da população a 24 de setembro.
“Não podemos continuar com este governo que perdeu o norte e que tem as prioridades invertidas! É tempo de mudar a Madeira e dar condições de vida dignas aos madeirenses”, vincou o líder socialista, adiantando que o PS irá igualmente dar primazia às políticas conducentes à diversificação económica que permitam criar mais empregos e mais bem remunerados e, dessa forma, aumentar os rendimentos das famílias. Isto, a par da necessária redução de impostos em sede de IVA e de IRS, como o próprio tem vindo a defender.