O presidente do PS-Madeira reiterou, hoje, as críticas ao Governo Regional por ter alocado a totalidade das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a investimento público, deixando de fora as empresas da Região.
“O tecido empresarial não tem tido por parte do Governo Regional o apoio que nós entendemos que deveria ser dado”, afirmou Sérgio Gonçalves em conferência de imprensa, nesta data em que se assinala o Dia do Empresário Madeirense.
Lembrando que a Região conta com o PRR para tornar a economia mais resiliente, o líder socialista criticou o facto de o Executivo ter alocado a totalidade dos 600 milhões de euros que teve à sua disposição a investimento público. “Não houve um único euro de apoio ao tecido empresarial”, fez notar Sérgio Gonçalves, apontando o exemplo da transição digital, área para a qual há um projeto de 114 milhões de euros, “novamente todo alocado à administração pública regional”.
O presidente do PS referiu também que o Governo fala muito no bom desempenho da economia regional, impulsionado sobretudo pelo setor do turismo (que está pujante não apenas na Região, mas também a nível nacional e noutros destinos um pouco por todo o mundo), mas “pouco ou nada faz para assegurar que no futuro, se porventura tivermos algum decréscimo nos fluxos turísticos, a nossa economia possa, efetivamente, ter-se tornado mais resiliente”.
Aproveitou ainda para esclarecer que as poucas medidas que hoje em dia são anunciadas como bandeiras do PSD foram propostas do PS, como é o caso concreto da redução do IRC para a taxa mínima de 14,7%, que foi proposta em 2019, 2020 e 2021, mas sempre rejeitada pela maioria PSD-CDS e pelo Governo Regional. O mesmo se passa em relação à taxa reduzida de IRC de 8,75% para as empresas dos concelhos do Norte – territórios de baixa densidade – que foi proposta pelos deputados do PS na Assembleia da República e aprovada pela maioria socialista. “Do Governo Regional vemos muito pouco ou nada para as empresas e é por isso que nós dizemos que temos de mudar a Madeira, temos de mudar o paradigma e criar condições para desenvolver o nosso tecido empresarial”, concluiu Sérgio Gonçalves.