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Sérgio Gonçalves arrasa Governo sem soluções e garante que vai construir um futuro melhor para os madeirenses

O presidente do PS-Madeira lançou hoje fortes críticas ao Governo Regional, a quem atribuiu responsabilidades pela falta de oportunidades na Região, pela emigração e pelos baixos rendimentos.

Sérgio Gonçalves, que falava nas Jornadas Parlamentares do PS, subordinadas ao tema ‘Dignificar o Trabalho, Valorizar as Pessoas’, começou por apontar o facto de, na última década, cerca de 17 mil pessoas terem sido obrigadas a emigrar por falta de oportunidades de trabalho. A par disso, mencionou os baixos rendimentos dos trabalhadores na Região, referindo os dados divulgados esta semana que dão conta que o salário médio na Madeira é 300 euros inferior ao do resto do País (enquanto que na Região o salário médio é de 1.100 euros, no Continente é de 1.400 euros). De acordo com o presidente dos socialistas, esta realidade deve-se, essencialmente, ao facto de termos “um Governo Regional sem soluções” e que não consegue inverter esta tendência.

Para Sérgio Gonçalves, “é quase inacreditável” que, passados quase 50 anos de vida em democracia e mais de 40 anos de Autonomia, o Governo Regional não tenha sido capaz de construir um futuro e uma vida melhores para todos os madeirenses. “É por isso que nós dizemos que é tempo de mudar a Madeira e que temos de criar essas oportunidades”, sublinhou.

O líder socialista lançou igualmente farpas ao chefe do Executivo por afirmar que os jovens qualificados na Região não trabalham por opção, numa clara atitude de desvalorização e desrespeito pelo esforço que tantos pais fizeram para poderem dar uma educação aos seus filhos.

O incumprimento das promessas governativas foi outro dos alvos de Sérgio Gonçalves, que apontou como exemplo o facto de os enfermeiros ainda não terem recebido as compensações prometidas pelo Governo Regional, devido à pandemia de Covid-19. Esta foi uma promessa feita em 2020 e 2021, mas, chegados a 2023, as compensações ainda não foram pagas, frisou, admitindo que possam sê-lo nos próximos meses, eventualmente como mais uma medida eleitoralista semelhante à da vinculação dos professores ao fim de três anos, que devia acontecer sempre e não apenas em ano de eleições.

É por isso que, frisou o presidente do PS-M, “temos de mudar este regime, mudar estas políticas e construir um melhor futuro para todos os madeirenses”. Para tal, disse, os socialistas defendem um conjunto de soluções, entre as quais a adequação da formação profissional às necessidades do mercado de trabalho e a aplicação do diferencial de 30% a todos os escalões do IRS – e não apenas aos escalões mais baixos – o que poderá atrair jovens qualificados e mantê-los cá a trabalhar. Como esclareceu, o PS tem um conjunto de propostas, muitas delas apresentadas inclusivamente na Assembleia Legislativa da Madeira, mas que “a maioria PSD-CDS bloqueia, veta, rejeita, prejudicando a Madeira e todos os madeirenses”.