O Partido Socialista defendeu hoje a necessidade de reduzir os impostos na Madeira para aumentar os rendimentos, numa altura em que os impostos cobrados pelo Governo Regional atingem valores recorde.
Em conferência de imprensa, no Garajau, Sérgio Gonçalves sublinhou que “o Governo Regional arrecadou 20 milhões a mais de IVA do que em igual período do ano passado, que se somam aos quase 90 milhões de euros arrecadados no ano passado de receita extraordinária de IVA, sem que tenham existido medidas do Governo Regional para devolver esse excedente cobrado aos madeirenses”.
O presidente do PS-M destacou que, enquanto o Governo da República tem procurado devolver aos contribuintes o excedente de imposto no país, o Governo Regional não toma medidas complementares para aliviar as famílias madeirenses, numa altura em que estas tanto precisam para fazer face ao aumento do custo de vida.
“Se olharmos para o IVA, a taxa normal nos Açores é de 16%, na Madeira é de 22%. Existe aqui uma diferença considerável suportada pelos madeirenses, apenas porque Miguel Albuquerque e o seu governo não querem reduzir os impostos na Região. O mesmo acontece no IRS, onde os madeirenses pagam mais em 5 dos 9 escalões”.
Sobre o tema da carga fiscal, Sérgio Gonçalves esclarece que “para o cálculo dessa carga fiscal entram os impostos cobrados sobre o trabalho, e com o aumento do emprego que tem ocorrido a nível nacional e com os salários no continente muito superiores aos que se verificam na Madeira, há mais contribuições para o IRS e para a Segurança Social”.
“Na Madeira, e apesar dos recordes anunciados a nível do turismo, não vemos os trabalhadores do turismo e os seus salários baterem recordes”, argumentou. Devido a isso, Sérgio Gonçalves defende que é preciso “remunerar melhor o trabalho na Região e baixar os impostos, para criar competitividade e dar mais rendimento às pessoas”.
Para o líder socialista, isto só não acontece porque Miguel Albuquerque “continua refém de políticas do passado, de opções orçamentais erradas, tudo aquilo que foi denunciado por Sérgio Marques, que não contribuíram para o desenvolvimento da Região nem para que fossemos uma terra de oportunidades e vemos cada vez mais os jovens qualificados a saírem da Madeira, por falta de oportunidades, por não terem salários que permitam fazerem a sua vida cá, terem uma casa e constituir família”.
“Nós achamos que, quem nasce na Madeira, tem todo o direito de cá continuar a viver, de cá trabalhar e precisa de um Governo Regional que implemente medidas que permitam que isso aconteça”, concluiu.