O Partido Socialista do Campanário acusa o presidente da Junta de Freguesia local de desonestidade e de não querer, de facto, apoiar as pessoas em situação mais vulnerável.
Em causa está a proposta do PS de atribuição de um cabaz de Natal às famílias mais carenciadas, que acabou por não integrar a ordem de trabalhos da última reunião da Assembleia de Freguesia (ainda que tivesse dado entrada dentro dos prazos definidos por lei). O autarca local, para justificar a recusa da sugestão socialista, alegou que seria distribuído um cabaz por uma comissão com apoio monetário da Junta, mas sem esclarecer qual o valor monetário a transferir para este efeito, nem onde tem sede esta entidade, para que as pessoas fiquem a saber onde podem se dirigir para pedir ajuda.
Neste sentido, Olga Fernandes, deputada do PS natural do Campanário, informou, através das suas redes sociais, as pessoas para que se dirijam à Junta de modo a saberem onde podem obter os seus cabazes. Algo que foi interpretado de forma desonesta pelo presidente da Junta, David Sousa, que acusou a socialista de mentir.
“Está clara a sua demagogia e o não querer apoiar o social, justificando-se com o injustificável”, reage Olga Fernandes, acusando o autarca de “distorcer a realidade” e “brincar com a fragilidade das pessoas”. A socialista vai mais longe e diz mesmo que David Sousa “mente descaradamente, deturpando o que foi escrito na rede social”, ficando bem patente nas declarações que aquele enviou à comunicação social que não quer ajudar as famílias carenciadas do Campanário.
Denunciando a falta de transparência da Junta de Freguesia em todo este processo, Olga Fernandes refere que se o presidente afirma que apoia outras instituições de solidariedade, então seria importante informar a população para que tenha conhecimento de onde se dirigir para solicitar ajuda.
Perante as declarações de David Sousa de que o PROAGES “funciona a todo o gás”, a socialista deixa ainda uma questão: “Para quem?”. Isto porque, conforme dá conta, muitas pessoas foram à Casa do Povo – da qual o autarca é também presidente – mas não viram as suas inscrições serem aceites, com a justificação de que não havia dinheiro para ajudar.